TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO COMUM – 13/11/2022 VI DIA MUNDIAL DOS POBRES

TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO COMUM – 13/11/2022 VI DIA MUNDIAL DOS POBRES

TRIGÉSIMOTERCEIRO DOMINGO COMUM – 13/11/2022

VI DIAMUNDIAL DOS POBRES

Jesus Cristo fez-Sepobre por vós (cf. 2 Cor 8,9)

ACOLHIDA

Animador: Paz e Bem! Sejam bem-vindos a este encontro comDeus, com os irmãos e irmãs de caminhada. Estamos nos aproximando do final doAno Litúrgico e a liturgia nos convida a permanecermos firmes na fé, atrabalhar pela justiça e pela paz num mundo que incentiva os conflitos e aintolerância. O 6° DIA MUNDIAL DOS POBRES, que hoje celebramos, pede quereflitamos sobre nosso estilo de vida e, seguindo Jesus, sendo solidários osque carecem de vida digna. Sintamo-nos também muito unidos aos participantes do18° Congresso Eucarístico Nacional, que está Acontecendo nestes dias em Olindae Recife – Pernambuco, com o lema “Pão em todas as mesas”. Iniciemosnossa celebração cantando.

 

ATOPENITENCIAL

Presidente: No balanço de nossa vida, constatamos muitascoisas boas, mas também as muitas fragilidades humanas e pecados dos quais,para superá-los necessitamos da graça e da misericórdia de Deus.

- Pelas vezes que nos deixamos enfeitiçar pelasriquezas e belezas artificiais que passam, Senhor, tende piedade de nós.

-Pelas vezes vivemos mundanamente e esquecemos denossa dimensão espiritual, Cristo, tende piedade de nós.

- Pelas vezes que o coração duro e indiferente nãonos permite viver a misericórdia e a solidariedade com nossos irmãos sofridos,Senhor, tende piedade de nós.

 

GLORIA

Animador: Glorifiquemos a Deus que manifesta seu poder peloamor e misericórdia sem limites, cantando.

 

LITURGIADA PALAVRA

Primeira Leitura:Ml 3,19-20a 

SalmoResponsorial: O Senhor virá julgar aterra inteira: com justiça julgará.

Segunda Leitura:2Ts 3,7-12

Evangelho:Lc 21,5-19

REFLEXÃO

- Estamos chegando ao final do Ano Litúrgico. É ummomento privilegiado de fazer um balanço de nossas ações, da realidade queestamos vivendo, das coisas que nos rodeiam; da nossa fé, enfim, é hora deavaliar para melhorar. As leituras nos falam do final dos tempos, dojulgamento, da consumação das promessas de Deus, que “virá para julgar os vivose os mortos”, como rezamos no creio.

- O profeta Malaquias fala da vinda de um tempoabrasador, que destrói o que não é bom e preserva o que é bom. Os primeiros aserem destruídos são os soberbos e os ímpios, os prepotentes e orgulhosos, osindiferentes e insensatos, os egoístas e os que se apossam indevidamente dosbens destinados a todos, pois esses pensam ser maiores que Deus e agem como seDeus não existisse. Esses serão destruídos como palha. Muitos que fazem parte dessascategorias se dizem cristãos e até consomem sacramentos. É tempo de refletir, étempo de discernir, é tempo de vigiar, é tempo de buscar a verdadeiraconversão.

- Na mensagem do Papa Francisco para este sexto DiaMundial do Pobres, mais do que nunca precisamos compreender o significado dofato de Deus, em seu divino Filho, ter-se feito pobre por nós, para nosenriquecer com sua graça e seu amor, e nos convencer de que é inconcebível que uns se apossem de tudo, deixandomultidões jogados na beira do caminho, na miséria, morrendo de fome. Quem acha normal,essa criminosa desigualdade social, já carrega em si uma alma corroída, umcoração petrificado e uma mente desertificada, ou seja, já arruinou o templo desua própria vida, matou sua própria humanidade.

- O lema do Dia Mundial dosPobres deste ano é: «Jesus Cristo (…) fez-Se pobre por vós» (2 Cor 8, 9).Com estas palavras, o apóstolo Paulo dirige-se aos cristãos de Corinto parafundamentar o seu compromisso de solidariedade para com os irmãos necessitados.O Dia Mundial dos Pobres faz neste ano uma sadia provocaçãopara nos ajudar a refletir sobre o nosso estilo de vida e as inúmeras pobrezasda hora atual. Além da tragédia da pandemia, guerras catastróficas assolam omundo. As ameaças recíprocas de alguns poderosos abafam a voz da humanidade queimplora paz. A insensatez da guerra gera incontáveis pobres! Os mais atingidospela violência são as pessoas indefesas e frágeis. Milhões de refugiados,meninos e meninas, mulheres, crianças e idosos constrangidos a desafiar operigo das bombas para pôr a vida a salvo. E os que permanecem nas zonas deconflito têm de conviver diariamente com o medo e a carência de comida, água,cuidados médicos e sobretudo com a falta de afeto familiar.

- Nestecontexto tão desfavorável, Paulo nos convida a manter o olhar fixo em Jesus,que, «sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza»(2 Cor 8, 9). Na sua visita a Jerusalém, Paulo encontrara Pedro,Tiago e João, que lhe tinham pedido para não esquecer os pobres. O Apóstolopreocupou-se imediatamente em organizar uma grande coleta a favor daquelespobres de Jerusalém. Os cristãos de Corinto mostraram-se muito sensíveis edisponíveis. Por indicação de Paulo, em cada primeiro dia da semana recolhiamquanto haviam conseguido poupar e todos foram muito generosos.

- Nós, a cadadomingo, durante a celebração da Santa Missa, cumprimos o mesmo gesto,colocando em comum as nossas ofertas para que a comunidade possa prover àsnecessidades dos mais pobres. São Justino nos escreve no ano 150, que cadadomingo, os que possuem bens em abundância dão livremente o que lhes parecebem,  para socorrer os órfãos e viúvas eos que, por motivo de doença ou qualquer outra razão, se encontram emnecessidade, assim como os encarcerados e hóspedes que chegam de viagem; numapalavra, ele toma sobre si o encargo de todos os necessitados».

- Asolidariedade é precisamente partilhar o pouco que temos com quantos nada têm,para que ninguém sofra. Quanto mais cresce o sentido de comunidade e comunhãocomo estilo de vida, tanto mais se desenvolve a solidariedade. Como membros dasociedade civil, mantenhamos vivo o apelo aos valores da liberdade,responsabilidade, fraternidade e solidariedade; e, como cristãos, encontremossempre na caridade, na fé e na esperança o fundamento do nosso ser e da nossaatividade.

- A solidariedade“põe à prova a sinceridade do nosso amor”. No caso dos pobres, não servemretóricas, mas arregaçar as mangas e pôr em prática a fé através de umenvolvimento direto, que não pode ser delegado a ninguém. Nada de mais nocivopoderia acontecer a um cristão e a uma comunidade do que ser ofuscados peloídolo da riqueza, que acaba por acorrentar a uma visão efêmera e falhada davida. Ninguém pode sentir-se exonerado da preocupação pelos pobres e pelajustiça social» (Papa Francisco).

- Averdadeira riqueza não consiste em acumular «tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar» (Mt 6,19), mas, antes, no amor recíproco que nos faz carregar os fardos uns dosoutros, para que ninguém seja abandonado ou excluído. Não estamos no mundo parasobreviver, mas para que, a todos, seja consentida uma vida digna e feliz.

- A pobrezaque mata, é a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e dainíqua distribuição dos recursos. É a pobreza desesperada, sem futuro, porque éimposta pela cultura do descarte que não oferece perspectivas nem vias desaída. Quando a única lei passa a ser o cálculo do lucro no fim do dia, entãodeixa de haver qualquer freio na adoção da lógica da exploração das pessoas: osoutros não passam de meios. Deixa de haver salário justo, horário justo detrabalho e criam-se novas formas de escravidão, suportada por pessoas que, semalternativa, devem aceitar este veneno de injustiça a fim de ganhar o mínimopara comer. Ao contrário, pobreza libertadora é aquela que se nos apresentacomo uma opção responsável para evitar o supérfluo e apostar no essencial.Encontrar os pobres permite acabar com tantas ansiedades e medos inconsistentes,para abraçar àquilo que verdadeiramente importa na vida e que ninguém nos poderoubar: o amor verdadeiro e gratuito. Na realidade, os pobres, antes de serobjeto da nossa esmola, são sujeitos que ajudam a libertar-nos das armadilhasda inquietação, da superficialidade, do vazio e da vida sem sentido.

- Pauloentende por “riquezas” o conhecimento da piedade, a purificação dos pecados, ajustiça, a santificação e milhares doutras coisas boas que nos foram dadasagora e para sempre. Tudo isto, o temos graças à pobreza».

- O textodo Apóstolo a que se refere este VI Dia Mundial dos Pobres apresentao grande paradoxo da vida de fé: a pobreza de Cristo torna-nos ricos. Se Paulopôde comunicar este ensinamento – e a Igreja difundi-lo e testemunhá-lo aolongo dos séculos – é porque Deus, em seu Filho Jesus, escolheu e seguiu estaestrada. Se Ele Se fez pobre por nós, então a nossa própria vida ilumina-se etransforma-se, adquirindo um valor que o mundo não conhece nem pode dar. Ariqueza de Jesus é o seu amor, que não se fecha a ninguém, mas vai ao encontrode todos, sobretudo de quantos estão marginalizados e desprovidos donecessário. Por amor, despojou-Se a Si mesmo e assumiu a condição humana. Poramor, fez-Se servo obediente, até à morte e morte de cruz (cf. Flp 2,6-8). Por amor, fez-Se «pão de vida» (Jo 6, 35), para que a ninguémfalte o necessário, e possa encontrar o alimento que nutre para a vida eterna.

- A pobreza não é procurada, mascriada pelo egoísmo, a soberba, a avidez e a injustiça: males tão antigos comoo homem, mas sempre são graves pecados, acabando enredados neles tantosinocentes com dramáticas consequências sociais. “Cada cristão e cada comunidadesão chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dospobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estardocilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo”. Jesus se fez omais pobre, em solidariedade com os pobres, nos quais Ele está realmentepresente: “Sempre que fizestes isto a umdestes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25,40). O compromisso com o pobre requer que denunciemosprofética e corajosamente as causas da pobreza”. Não podemos nos contentar comum mero assistencialismo, mas precisamos lutar para mudar as estruturasperversas deste mundo que gera tanta pobreza e a exclusão.

 

PRECES DACOMUNIDADE

Presidente: Irmãos e irmãs, neste Dia Mundial dos Pobres e emsintonia com o Congresso Eucarístico Nacional, com confiança, supliquemos aDeus, rezando a Oração do Congresso Eucarístico Nacional, respondendo: Dai-nos,Senhor, o pão da justiça e da solidariedade.

1 – Salvador do mundo, no deserto,Deus Pai alimentou o povo como o Maná e preparou, na sua bondade, uma mesa parao pobre, rezemos.

2 – Fazei que neste CongressoEucarístico Nacional, ao celebrarmos o mistério da Palavra que se fez carne epão da vida, vivamos em vós a comunhão e a partilhas de nosso pão de cada dia,para que não haja necessitados entre nós, rezemos.

3 – Vós, cheio de compaixão,tomastes o pão, destes graças e o distribuístes à multidão com fome. E parapermanecer entre nós o sacrifício da Nova Aliança, na última ceia, mandastesque o celebrássemos em memória de vós, rezemos.

4 – Concedei-nos que, ao participardo banquete do vosso corpo e do vosso sangue e adorando a vossa presença naEucaristia, continueis a vossa ação, em nós e através de nós, para que haja pãoem todas as mesas, rezemos.

 

OFERTÓRIO

Animador:   Junto como pão e o vinho, agradecidos oferecemos os frutos que são sempre expressão devossa misericórdia e generosidade somado ao labor da humanidade. Cantemos.

 

COMUNHÃO

Animador:  Jesus se faz Pão para a vida do mundo, e o seumaior desejo é haja Pão em todas as mesas. Receber a Eucartistia sem partilharo pão com o irmão, é comungar sua própria condenação. Cantemos

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