Frei Honório, o terceiro filho do casal César Destéfani e Ida Stolf, nasceu aos 23.05.1935, em Rodeio, SC. Foi batizado no dia seguinte. Em Três Casas, Município de Joaçaba, foi crismado aos 18.10.1938, e recebeu a Primeira Eucaristia aos 21.06.1944 na Paróquia São Francisco, em Joinville.
Ingressou no Seminário com 11 anos de idade, em Botiatuba aos 11.05.1946. No mês seguinte foi transferido para o Seminário de Barra Fria, onde terminou o Curso Primário. Neste Seminário de Barra Fria, iniciou o Curso Ginasial em 1947 e, no ano seguinte, com os demais seminaristas, retornou ao Seminário de Botiatuba. Aos 17.01.1952 iniciou o noviciado em Botiatuba, PR, recebendo o nome de Fr. Cândido de Rodeio. Emitiu os primeiros votos aos 18.01.1953, nas mãos do mestre de noviços, Fr. Germano de Lion, e os votos perpétuos aos 08.12.1956, na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, nas mãos de seu irmão, Frei Dionysio Destéfani. Foi ordenado sacerdote aos aos 19.12.1959 pelo Arcebispo de Curitiba, D. Manuel da Silveira d'Elboux, na Igreja das Mercês. Celebrou a Primeira Missa Solene na terra natal (Rodeio), a 1º.1.1960.
Fr. Honório exerceu sua atividade pastoral nas seguintes localidades: Siqueira Campos (1960); Eng. Gutierrez (1961-1963); São Lourenço do Oeste (1964; 1987-1990); Laurentino (1965; 1992-1995); Ponta Grossa: Imaculada (1966-1973); Dois Vizinhos (1974-1979); Santo Antônio da Platina (1980-1984); Curitiba: Cúria Provincial (1985-1986); Cruzeiro do Oeste (1991); Marmeleiro (1996-1998); Umuarama e Rio do Oeste (1999); Arapongas (2000-2002); Curitiba: Mercês (2003-2007).
Nestas localidades Fr. Honório atuou como Professor de Seminário, Reitor de Pré-Seminário, Vigário Paroquial, Pároco, Diretor dos Missionários, Guardião. Foi Definidor Provincial e Secretário da Pastoral no Triênio 1985-1988.
O amor, a solidariedade, a generosidade e a compaixão podem se expressar com teimosia: assim viveu Fr. Honório. Era simples, fraterno, organizado, estudioso, preparado para a missão. Levantava cedo e tomava seu chimarrão, rezava e via a programação do dia. Tinha um raro ardor pastoral, pois amava a Sagrada Escritura. Amava a Igreja e tinha visão atualizada da mesma. Trabalhava firme, tinha ótima eloquência, conhecia a Sagrada Escritura, a qual o inspirava na pregação. O povo entendia bem suas homilias, e cativava as pessoas. Tratava a todos muito bem, não fazia acepção de pessoas. Cultivava grande respeito para com os Bispos, dialogava sempre com eles nas Dioceses em que pregava as missões. Conhecia e amava a liturgia e a explicava com clareza ao povo. Gostava da catequese, do canto litúrgico e ensinava o povo a cantar (tinha boa voz). Foi um exemplo de Sacerdote e de Frade na Fraternidade Itinerante Missionária. Revelava sempre um grande zelo pastoral, e também em todos os lugares por onde passou. Amava seu Sacerdócio e o exercia com seriedade. Amava a Província e também sofria quando as coisas não andavam bem. Como Frade foi austero consigo mesmo, e algumas vezes com os outros. Tinha boa capacidade de dialogar, revelava uma espiritualidade consistente e madura. Suas devoções: À Palavra de Deus, à Eucaristia e à Nossa Senhora. Gostava de ir à Terra Santa, e, para lá, organizou várias peregrinações.
Após longo período de sofrimento em consequência do diabetes, faleceu em Curitiba, no Hospital Evangélico no dia 09.08.2007. Contava 72 anos de idade, 54 de Vida Religiosa e 47 de Sacerdócio.
Foi sepultado no Cemitério de Botiatuba.
