85 anos de criação da Custódia do Rio Grande do Sul

85 anos de criação da Custódia do Rio Grande do Sul

No dia 30 de abril de 1937 aconteceu a criação da Custódia do Rio Grande do Sul, tendo como Custódio Provincial Frei José Cherubini e os freis Caetano Angheben e Pacífico de Bellevaux, Conselheiros. Na mesma data, todas as Fundações Missionáris Latiori Sensu são decretadas custódias pelo Ministro Geral da Ordem. A Custódia era ligada a Província da Saboia na França.

A presença dos frades no Rio Grande do Sul foi considerada, em seu início como Missão. Após a visita de Frei Jean de Cognin, no ano de 1906, face à perspectiva de um possível futuro para os frades nestas terras, a Missão foi elevada a condição de Comissariado, sob a proteção do Sagrado Coração de Jesus. Nessa condição permaneceu até a 1937, quando ganhou o status de Custódia que perdurou até ser feita Província de Caxias do Sul, em 24 de julho de 1942. Em 5 de junho de 1964, a designação foi mudada para Província do Rio Grande do Sul. Os Capuchinhos chegaram ao RS a convite feito por Dom Cláudio Gonçalves Ponce de Leão, bispo de Porto Alegre, para que os capuchinhos de Saboia viessem ao estado para se ocupar da pregação de missões.

A chegada

 No Rio Grande do Sul, a primeira presença estável de capuchinhos com a conformação de uma comunidade acontece na Vila do Estreito, próximo a Rio Grande, entre os anos de 1737 e 1742. Os primeiros dois a chegar foram os freis Anselmo de Castelvetrano e Antônio de Perugia. Eles vieram na expedição do comandante Silva Paes que veio fundar um forte para defender a entrada da Lagoa dos Patos dos ataques dos castelhanos.  Depois de vários contatos entre dom Cláudio e os superiores dos capuchinhos em Roma e na Saboia, finalmente, em 5 de dezembro de 1895, os freis Leon de Montsapey e Bruno de Gillonnay partiram de Bordeaux em direção a Porto Alegre. Acompanhava-os o provincial de Saboia, Frei Raphael de La Roche. O objetivo era conhecer a região e ver as condições para estabelecer um possível refúgio para os frades estudantes no Brasil, caso tivessem eu deixar a Síria. Em 2 de janeiro os três chegaram a Rio Grande e de lá a Porto Alegre. Dom Cláudio propôs que os capuchinhos se instalassem em Veranópolis para, a partir dali, pregar missões entre os imigrantes italianos. Em 16 de janeiro eles partiram para a serra e no dia 18 chegaram a Garibaldi onde foram recebidos pelo pároco local, Pe. Giovanni Fronchetti que os convidou a se estabelecer na cidade. Após visitar Bento Gonçalves e Veranópolis, a decisão foi pelo estabelecimento em Garibaldi. A favor de tal decisão contou a doação de uma casa para a moradia dos frades feita pelo antigo pároco, Pe. Bartolomeu Tiecher. No final de 1897, com a chegada dos freis Casimir d’Andilly, Edmond de Nâves e Hilarion de Lanslevillard, a missão é reforçada.

Recordação e gratidão

Um data a ser celebrada e recordada tendo em vista a importância da missão neste período, marcada por um forte trabalho vocacional, pastoral e missionário que possibilitou mais tarde a elevação de Província e o aumento da presença dos freis em meio as paróquias e comunidades.

Fonte: Frei Vanildo Luiz Zugno do livro Frades Menores Capuchinhos no Rio Grande do Sul. 

Autor:
Assessoria de Mídias do RS
No items found.
Comente