Capuchinhos presentes no Juninter

Capuchinhos presentes no Juninter

 Nos dias 21 e 22 de maio em Porto Alegre/RS aconteceu o encontro chamado Juninter. Este encontro tem por objetivo reunir os religiosos e religiosas que já realizaram a primeira Profissão Religiosa e estão na etapa formativa seguinte que vai até a realização dos votos perpétuos. Estes encontros são espaços de partilhas, trocas de experiências entre as congregações, fortalecimento da caminhada vocacional e da Vida Religiosa Consagrada com aprofundamento de temas que contribuem para assumir a consagração realizada.

O encontro foi assessorado pela Irmã Lúcia Wailler e o tema desta etapa foi: Relações – serviço/poder: autoridade e liberdade. Ao todo 26 Congregações estiveram presentes, de forma virtual e presencial. Durante o encontro aconteceram momentos de integração, formação, Missa, dinâmicas de grupo sobre a temática proposta, partilha e momentos de animação.

Os freis pós-noviços frei Djhon Raphael, estudante de Filosofia residindo em Pelotas; frei Pedro Miri, estudante de Filosofia de Santa Maria e o frei Rodrigo Antunes, estudante de Teologia de Porto Alegre estiveram presentes no encontro.

Para o frei Djhon Raphael: "O encontro foi de muito aprendizado, tinha a presença de várias outras congregações masculinas e femininas vindo de diferentes Dioceses do Rio Grande do Sul. O tema que foi debatido era sobre relações-serviço-poder e autoridade dentro da vida religiosa. O grande assunto era o poder.  Que poder é esse? Quem somos? O que é a vida? A irmã Lúcia, que foi a assessora, dizia que o poder tem dois lados, positivo e negativo.  O poder não existe isolado, mas sempre nas relações. Quando a gente fala de poder, a gente pensa em Foucault. O poder existe sempre sobre e para o serviço não para dominação e isso tem ligação direta com a consciência humana. Isso nos faz pensar um pouco na maneira que a Igreja foi organizada nos primeiros séculos. Poder é muito diferente de autoritarismo que é exatamente o impor. O poder em si não é nem bom nem mau. É a finalidade para a qual ele é usado que decide seu valor ético-moral. Poder não é algo que se tem, mas algo que se exerce como serviço. Jesus usou o seu poder divino para servir. O poder de Jesus é partilhado, diferente do poder deste mundo em que vivemos. Foi falado também sobre algumas orientações do Papa Francisco: Sinodalidade, Igreja em Saída, Laudato si, cuidado da casa comum. Leonardo Boff afirma que em nenhuma instituição se insiste tanto em dizer que poder é serviço, como a Igreja, nos grupos eclesiais, religiosos". Concluiu o frei.

Ao decorrer do ano mais dois encontros estão previstos para serem realizados com a temática da sinodalidade, Interculturalidade e intergeracionalidade e também sobre Jesus Cristo e centralidade da Consagração e do serviço.

 

Autor:
Assessoria de Mídias do RS
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