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Falece Frei Carlos Albino Zagonel
No dia 14 de setembro, na Casa São Frei Pio, em Caxias do Sul, faleceu o frei Carlos Albino Zagonel, com 90 anos, 71 de vida capuchinha e 63 de presbítero. Há poucas semanas havia regressado da Custódia Provincial Brasil Oeste, com saúde debilitada, onde esteve por 36 anos, desde 1988. Frei Zagonel foi velado na Capela da Casa de Saúde São Frei Pio, com celebração de missa de despedida, às 15h30min seguida de sepultamento no Memorial dos Capuchinhos, junto à Igreja Imaculada Conceição.
Natural de Daltro Filho (Imigrante), nasceu em 9 de maio de 1934, filho de Luiz Zagonel e Oliva Benincá Zagonel, ingressou no Seminário em 1946, em Veranópolis; vestiu o hábito capuchinho em 1953; fez o noviciado em 1953, com profissão dos votos em 27 de janeiro de 1954. Estudou filosofia em Ijuí e Marau e Teologia em Porto Alegre entre 1958 e 1961.
Estudou na Universidade Gregoriano, em Roma e obteve o grau de livre docência na PUC do Rio Grande do Sul em 1975, seguido de doutorado, também da PUC-RS, em 1975. Com a tese “Igreja e Imigração Italiana”. As atividades acadêmicas se estenderam por muitos anos na PUC-RS e Unisinos.
Além da vida acadêmica, frei Carlos prestou grande serviço à Província do Rio Grande do Sul, sendo eleito conselheiro provincial em 1969; eleito delegado para o Capítulo Geral de 1976, eleito ministro provincial em 1978 e reeleito no Capítulo Provincial de 1981. Paralelamente aos encargos na Província, sempre manteve ligação com o mundo acadêmico, tanto no Rio Grande do Sul, quanto no Brasil Oeste.
A partir de 1988 transfere-se para Cuiabá, dedicando-se à pastoral e ao ensino. Em 1989 foi eleito coordenador da então Frente Missionária. Em 1993, com a ereção canônica da Custódia é nomeado Custódio e reeleito duas vezes para o cargo até 1999. Seguiu com dedicação ao magistério e à pastoral até 2010. A partir de 2011 seguiu exercendo vários cargos (secretário da Custódia, vice-mestre e atividades pastorais, em Cuiabá, até 2016.
Entre 2017 e 2023, esteve em Tangará da Serra, MT, como vigário paroquial. Somente neste ano de 2024 é que retorna a Cuiabá para cuidados de saúde.
Suas publicações de destaque são: “Igreja e Imigração Italiana - Capuchinhos de Sabóia, um contributo para a Igreja no Rio Grande do Sul - 1895 -1915 - Dissertação para Livre-Docência em História da Igreja (EST/Sulina, 1975, 287 p.) e Capuchinhos no Brasil (organizador); CCB, 2001; 383 p