Papa Leão XIV: uma bela e agradável surpresa do Espírito Santo
Depois das naturais expectativas acerca de quem seria e como seria o novo Papa, a sobrenatural e surpreendente notícia: “Temos Papa!” E se o temos é porque o recebemos do Espírito Santo. O Papa, por sua vez, já iniciou sua Missão de confirmar seus irmãos na Fé, surpreendendo o mundo e a Igreja quando optou por chamar-se Leão XIV.
Seu distante antecessor, o Papa Leão XIII (1878 - 1903), conhecido como autor da Rerum Novarum (1891), era um homem de Deus. Cultíssimo, diplomata habilidoso, um mistagogo que jamais descurou as implicações sociais da Doutrina da Igreja, era também poeta.
O Cardeal Robert Francis Prevost, ao escolher o nome de Leão XIV, já está indicando uma direção, um horizonte, quase um programa. Filho de Santo Agostinho, sabe o novo Papa que “a Beleza, que tão tarde amei, salvará o mundo”. Sabe, também, que o coração humano não se sacia enquanto não repousar no Coração manso e humilde do Senhor.
Um detalhe me chamou logo a atenção: Leão XIV não sorri com a boca, mas com todo seu rosto, sobretudo com os olhos. Numa entrevista, ainda Bispo no Peru, disse ele que o Pastor deve ser modesto. Segundo os melhores dicionários, este adjetivo, tão polissêmico, inclui os sentidos de honra, pudor, discrição, moderação, justa medida, dignidade, respeito aos direitos e aos deveres (sic!), bondade, destemor sem estardalhaço.
Segundo uma sagaz observação de Chesterton, “o mundo sempre precisa de um santo que se lhe oponha com inteligência e amor”. Num mundo em que o despudor e a indiscrição se internetizaram, a majestosa modéstia do novo Papa será uma convocação a que recuperemos o recato, a reserva, a privacidade, a intimidade, os valores mais delicados do humano coração.
Nossa imensa gratidão ao Espírito Santo, essa Brisa suave que mantém acesa a Brasa ardente do desejo de vida em abundância, de eterna vida, já agora e já aqui, para todas as criaturas que vivem e respiram.
Nossos melhores votos para que Leão XIV prossiga a linha e linhagem que Jesus inaugurou e que seu mais próximo antecessor, o Papa Francisco, retomou para retecer a Túnica Inconsútil, com que a Igreja deseja ardentemente revestir-se.
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