SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM 2022

SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM 2022

SEXTO DOMINGO DO TEMPOCOMUM – 13/02/2022

"Bem-aventuranças: catálogo da felicidade, caminho da santidade"

ACOLHIDA

Animador: Queridos irmãos e irmãs em Cristo. Reunidos em comunidade, queremos celebrar nossa fé, e professar nossa confiança no Senhor, e viver as bem-aventuranças como caminho de santificação e de transformação do mundo. Acompanhemos a procissão de entrada cantando.

ATO PENITENCIAL

Presidente: Nem sempre temos as bem-aventuranças como horizonte de nossa vida. A consequência é a secura de nossa fé, a aridez de nossa alma e a desqualificação da vida humana. Confiemo-nos à misericórdia do Senhor, cantando.

 

HINO DO GLÓRIA

Animador: “Bendito é quem confia no Senhor”. Alegres, glorifiquemo-lo cantando.

 

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Jr17,5-8

Salmo Responsorial: É feliz quem a Deus se confia.

Segunda Leitura: 1Cor15,12.16-20

Evangelho: Lc 6,17.20-26

 

REFLEXÃO

- Em quem colocamos nossa confiança? Esta é a pergunta chave da liturgia deste final de semana. Ter clareza desta questão é fundamental para termos uma fé sólida, ativa e libertadora. Muitas de nossas decepções estão relacionadas a expectativas, situações, coisas e pessoas em quem nós depositamos nossa confiança e nossas idealizações. Talvez um dos grandes desafios do nosso processo de conversão pessoal e comunitário, seja saber distinguir o efêmero do eterno, o passageiro, perecível, daquilo que não passa. O mundo, através dos seus meios sutis a atraentes, das redes sociais, levam multidões a agirem irracionalmente, a fazerem escolhas equivocadas e desastrosas, a confiarem em mitos e falsos deuses, e inaptos salvadores da pátria. Isto gera um desencantamento com personagens e ideologias que, acreditamos, serem eternos.

- Na primeira leitura, Jeremias começa dizendo: “maldito o homem que confia no homem e que busca apoio na carne e cujo coração se afasta de Javé”. Essa constatação não significa que devemos desconfiar de todo mundo e desacreditar das pessoas, mas nos mostra que não podemos colocar nenhuma pessoa no lugar de Deus, por melhor que ela seja. Nada deve substituir Deus em nossa vida. No dia que algo ou alguém estiver substituindo Deus em nossa vida, nós seremos as pessoas mais pobres deste mundo, pois perdemos a noção dos verdadeiros valores. Tem muitas pessoas que tem verdadeiros ídolos, mitos enganadores, e os seguem como se eles fossem deuses. A idolatria ocorre também com os bens materiais. Por eles se mata e se morre, como se a vida consistisse apenas em bens materiais. Quem age assim, é maldito. Maldito não porque será castigado por Deus, mas porque terá uma vida pobre, mesquinha, sem sentido, sem graça. Uma vida árida como uma planta no deserto, cujas raízes não conseguem buscar água nas profundidades da terra. Quantas vidas “malditas” estão perambulando pelo mundo! Elas sobrevivem de coisas rasas, superficiais, sem sentido, sem solidez. É preciso buscar as coisas do alto. Assim, quem confia em Deus e o ama acima de todas as coisas e de qualquer pessoa será como uma árvore frondosa e fecunda plantada à beira da água. O profeta também nos alerta: “o coração é mais enganador que qualquer outra coisa”. Não podemos nos deixar levar apenas pelos sentimentos, pelas emoções, pelas paixões. Paixões comumente são enganadoras e traiçoeiras, fazendo-nos idealizar e supervalorizar o que nem sempre é o ideal, ou que tenha valor de fato. As paixões nos tornam cegos, irracionais, desumanos, absolutistas e excludentes.

- Paulo, falando da ressurreição, nos conduz aos valores eternos. A nossa vida neste mundo é efêmera, passageira, muito curta se comparada à eternidade. E se ela consistisse apenas no que conhecemos e vivemos aqui, ela não teria muito sentido. A ressurreição é a razão de nossa vida e de nossa fé. Cristo ressuscitou e se nós o seguirmos com fidelidade, haveremos de ressuscitar com ele.

- O evangelho nos apresenta as bem-aventuranças, como cartilha da felicidade, como caminho da santidade. As bem-aventuranças consistem em alentos para os que vivem na pobreza, para os que tem fome; para os que choram; para os que são odiados, insultados, amaldiçoados e expulsos por causa dos valores do Reino. Mas são também palavras de denúncia para os que causam toda essa dor. É uma denúncia dos ricos exploradores, que se enriquecem às custas da pobreza de tantos, dos que causam a pobreza dos outros; dos que vivem na abundância de bens enquanto tantos passam fome e não tem onde morar; dos que vivem rindo da miséria alheia, sem se compadecer da dor do outro; dos eu são bajulados, elogiados e se vangloriam dos seus poderes. Tudo isso passa, e esses que pautaram suas vidas nessas coisas passageiras, por mais valiosas que elas sejam nesse mundo, sofrerão as consequências de uma vida pobre, vazia, miserável, desgraçada diante de Deus. Precisamos avaliar nosso proceder, nossas ações, em que investimos nossa vida, que valores cultivamos e em quem estamos depositando nossa confiança.

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Apresentemos confiantes nossas preces a Deus, nosso Pai, dizendo: Senhor, ouvi-nos e atendei-nos

1) Senhor, vósque bendizeis aquele que confia em vós, sustentai o Papa Francisco em sua missão de levar ao mundo a alegria do evangelho, vos pedimos.

2) Vós que sois o abrigo dos pobres e famintos, motivai a todo o povo a lutar por justiça, pão da dignidade e da vida para todos, nós vos pedimos.

3) Vós que ressuscitastes vosso Filho, fortalecei a fé e o testemunho dos cristãos e livrai-os das incoerências e das divisões, nós vos pedimos.

4) Vós que, por meio de Cristo, deixastes um alerta aos ricos, suscitai entre as pessoas e instituições e nações ricas a solidariedade e a partilha, nós vos pedimos.

 

OFERTÓRIO

Animador. Junto com o pão e o vinho, ofereçamos a vida de nossa comunidade e o esforço em viver as bem-aventuranças, cantando.

 

COMUNHÃO

Animador: “Felizes os que tem fome e sede de justiça”. Recebamos com alegria o Pão do Céu, para aprendermos a partilhar deforma mais justa e fraterna o pão da terra, cantando.

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