VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11/09/2022

VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11/09/2022

VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11/09/2022

“Sejam misericordiosos, como vosso Pai celeste é misericordioso

ACOLHIDA

Animador: Irmãos e irmãs, com alegria nos reunimos para celebrar nosso encontro festivo com o Pai bondoso e misericordioso. Apesar de nossas infidelidades, ele não nos rejeita, mas vem ao nosso encontro quando buscamos fazer a vida por conta e nos desviamos de seus caminhos. Alcançados e salvos por seu filho, abramos o coração para acolher seu amor incondicional e sua a graça transbordante que chega a nós pela sua Palavra e pela Eucaristia. Iniciemos nossa celebração, cantando.

ATO PENITENCIAL

Presidente: A bondade de Deus não segue parâmetros humanos, ela vai além de nossas previsões e nos surpreende a cada passo. Com um profundo e sincero desejo de acolher a ternura, a misericórdia, o perdão e o abraço de Deus Pai bondoso, confiantes, coloquemo-nos em suas mãos e em seu coração rezando juntos: Confesso a Deus todo-poderoso....

Senhor, tende piedade de nós!

Cristo, tende piedade de nós!

Senhor, tende piedade de nós!

HINO DO GLÓRIA

Animador: “Era preciso festejar e alegrar-nos, por que este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado”.  Neste clima de festa, louvemos ao Senhor por sua bondade e misericórdia, cantando.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Ex 32,7-11.13-14

Salmo Responsorial: Vou agora levantar-me, volto à casa do meu Pai!

Segunda Leitura: 1 Tm 1,12-17

Evangelho: Lc 15,1-32.

REFLEXÃO:

- Muitas vezes nos deparamos com nossos limites, fragilidades e pecados. Que bom perceber esta realidade humana. No entanto, é melhor fazer este conhecimento sob a luz do amor incondicional de Deus. Este amor que se expressa por sua infinita misericórdia, por sua compaixão sem limites. Deus nos surpreende com seu perdão e transforma a culpa humana em compaixão. Em sua misericórdia, sempre excede nossas estreitas expectativas, para abrir caminho em meio a nossas fragilidades. Só o amor misericordioso de Deus nos reconstrói por dentro, destrava nosso coração e nos move em direção a horizontes maiores de busca, responsabilidade e compromisso.

- A misericórdia é o principal atributo de Deus proclamado por Jesus e deve inspirar o modo de proceder de todo ser humano. As parábolas da misericórdia contadas no Evangelho apresentam dois elementos principais que devem permanecer na nossa prática cristã: a alegria, pela experiência de que Deus nos ama com um coração misericordioso, e a misericórdia como conduta libertadora consequente a tal experiência.

- A primeira leitura de hoje nos mostra a atitude de Deus, diante da intercessão de Moisés em favor do povo eleito, por ele libertado da escravidão do Egito. Este povo, porém, um povo de cabeça dura, ingrato, infiel e idólatra, não entende os mandamentos ou os ignora. Por consequência, Israel mereceria o castigo divino. Entretanto, Deus recorda a fé dos antepassados – dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó – e a promessa feita ao povo de torná-lo uma nação numerosa. Mesmo que o povo esqueça a Aliança, Deus permanece fiel e cumpre suas promessas. A misericórdia constitui a resposta de Deus à vulnerabilidade humana. Ela destrava a existência, potencializa o dinamismo de conversão e põe o ser humano em movimento, em direção ao amplo horizonte de sentido. Deus nos criou para essa finalidade, e não para o fechamento na culpa e no pecado.

- Na segunda leitura, Paulo reconhece seu passado de infidelidade. Perseguidor de Cristo e de seus seguidores, mas confiante na bondade e na misericórdia de Cristo Jesus, que veio resgatar os pecadores, dos quais Paulo se considera o primeiro, mas reconhece e confessa que agia por ignorância, sem ter chegado ainda à fé. Paulo vê Jesus não apenas como destinatário da fé e do amor, mas, principalmente como fonte. Paulo valida a palavra que ele proclama, apoiando-se na ação de Deus em sua avida, destacando o contraste entre a fragilidade humana e a superioridade da força e da graça de Deus.

- O capítulo 15 é o coração do evangelho de Lucas. Jesus é criticado pelos fariseus e mestres da Lei porque acolhe os pecadores e faz refeição com eles. Como resposta, Jesus contas as três parábolas da misericórdia: a ovelha perdida, a moeda extraviada e o filho desviado. 

- Para Jesus, toda vida importa. Ele não quer que ninguém se perca. Ele não admite sequer que uma ovelha se perca. Ele sabe, também, que uma moeda é o mínimo necessário para sustentar uma família num dia e não quer que ninguém passe fome nem sequer um dia. Na parábola do “Pai Bom”, trata-se da relação do pai e de seus dois filhos, seres humanos feitos por ele à sua imagem e semelhança.  O filho mais novo, exige a parte da herança que lhe cabe e ir para terras distantes e fazer sua vida por conta, quer ser livre, romper amarras, longe do pai e de seu incondicional amor. O resultado foi a ruína total. Ele instala-se numa vida desordenada, numa existência insana, descontrolada, caótica. Humilhado, solitário e faminto. Fome, não só de comida, mas de amor, de dignidade, de sentido. Recorda-se do pai, que jamais o abandonou, seu coração de pai o acompanha cada dia esperando o seu retorno. Arrependido, o filho rebelde decide voltar, aceitando mesmo ser tratado como um simples empregado. Contudo o pai age de maneira surpreendente. Ao invés de rancor, rejeição ou castigo, o pai se encheu de compaixão, correu ao seu encontro, abraçou-o e cobri-o de beijos. Devolve-lhe a dignidade de filho e faz uma grande festa. O filho mais velho, cumpridor de ordens, achando-se perfeito, sentindo-se um homem de bem, estava, porém, corroído pelo ódio, intolerância, arrogância, inveja e hipocrisia quase estragou a festa. Mesmo ficando com o pai, não aprendeu a amar, nem perdoar. Carregava, como os fariseus e mestres da lei, um coração duro, indiferente, sentindo-se no direito de julgar e condenar os outros, o irmão e mesmo o próprio pai. 

- Nessas parábolas, a fragilidade do ser humano – com sua facilidade de se perder – encontra-se ao lado da vida renovada pela graça do encontro. Nelas há um final feliz: O amor de Deus está acima da fraqueza humana e merece ser festejado.

- Fomos criados à imagem do Deus de misericórdia e somos seres capazes e necessitados de misericórdia. Uma faísca divina se faz presente no interior de cada pessoa humana para sempre agirmos com misericórdia. Agir com misericórdia é a atitude para a qual todos nós seres humanos, somos chamados. É o caminho para conseguir uma convivência leve, acolhedora e aberta. Deus misericordioso nos educa e nos impulsiona a viver misericordiosamente. 

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Inspirados na Palavra de Deus, após cada prece digamos: Pai misericordioso, tende piedade de nós! 

1 - Que possamos tomar consciência de nossa fragilidade e limitação humana e que só nos salvamos porque Deus nos ama, vem ao nosso encontro e nos toma em seus braços, rezemos:

2 - Por nós, pecadores. Para que Deus nos dê a graça de abrir nosso coração à conversão e à disposição de viver uma vida nova, rezemos:

3 - Para que o caminho sinodal da Igreja envolva todos os católicos de nossa paróquia na diversidade de serviços e ministérios, rezemos:  

4 - Por todos os dizimistas, a fim de que se sintam felizes em partilhar seus bens pelo bem comum da comunidade, rezemos:

PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS

Animador: Junto com o pão e o vinho, abramos e ofereçamos a Deus o nosso coração, para que ele o transforme em templo santo, habitação do próprio Deus, dos irmãos e irmãs. Cantemos... 

COMUNHÃO

Animador: A misericórdia divina se expressa no amor incondicional de nosso Deus. Como filhos pródigos, aproximemo-nos com grande alegria da mesa eucarística, cantando. 

Autor:
Frei Carlos Raimundo Rockenbach, OFMCap
No items found.
Comente