Clarissas Capuchinhas | História

A Ordem de Santa Clara (OSC), Segunda Ordem Franciscana, foi fundada em 1212 quando Clara de Assis motivada por Francisco decidiu viver uma vida de pobreza de forma contemplativa. A princípio a Ordem recebeu o nome de Ordem das Damas Pobres. Só após a morte de Clara que a ordem passa a adotar o nome dela, levando em consideração a aprovação da regra escrita pela própria.

A forma de vida dada a Santa Clara por São Francisco é essa: “Por divina inspiração, vós fizestes filhas e servas do altíssimo sumo Rei, o Pai celestial e vos desposastes com o Espírito Santo, escolhendo viver segundo a perfeição do Santo Evangelho. Por isso, quero e prometo, por mim e por meus Irmãos, ter sempre para convosco diligente cuidado e especial solicitude, como para com Irmãos. ” (FVC)

Alguns pontos importantes:

  • 1205/1206 Conversão de São Francisco e renuncia aos bens materiais
  • 1208/1209 Formação da primeira Fraternidade Franciscana
  • 1212 Francisco corta os cabelos de Clara como sinal de consagração
  • 09 de agosto de 1253 Aprovação da regra de Santa Clara
  • 11 de agosto de 1253 Morte de Santa Clara


Clara de Assis vive num tempo em que qualquer movimento religioso feminino

deveria seguir a regra proposta por São Bento para os monastérios. O Papa Gregório IX

tentava enquadrar todas as experiências de comunidades femininas num evangelismo

pauperista. Entretanto, Clara não se via contemplada nessa iniciativa por acreditar que o Franciscanismo pregava virtudes e valores que iriam além do movimento pauperista da

época, além de estar na posição de defesa da identidade do carisma franciscano.

São Francisco deu orientações a Clara e suas irmãos como “forma de vida” desde

1212, quando ingressaram na nova vida de Irmãs Pobres. Mas, em 1215, Clara e suas

irmãs foram obrigadas a seguir o decreto do Concílio de Latrão em que os institutos

recentes deveriam se adaptar às Regras antigas. Sendo assim, as Irmãs Pobres tiveram

que professar a Regra de São Bento. Entretanto, em 1216, Clara conseguiu obter do Papa

Inocêncio III o seu primeiro “Privilégio da Pobreza”.


A história dos inícios não foi absolutamente algo fácil para Santa Clara, sobretudo no que se refere ao carisma da radical pobreza evangélica, que só vê aprovado definitivamente com a sua Forma de Vida, dois dias antes de morrer. Várias Regras se sucederam e após a morte de Santa Clara mais outras duas: a do Papa Urbano IV e a de Isabel da França. Com uma tal variedade de Regras, com suas diferentes observâncias e costumes, os Mosteiros independentes eram muito diversificados. 

Depois de uma certa época, a Igreja passou a aprovar para as novas fundações somente a vivência da Regra de Urbano IV, que tentou impor e a da Forma de Vida de Santa Clara. Entretanto, sempre houve uma tendência crescente dos Mosteiros de pedirem a aprovação da Forma de Vida de Santa Clara e isso se intensificou nos últimos séculos. Nessa perspectiva surgem diversas iniciativas dentro dos mosteiros em recuperar a pobreza radical proposta por Clara sob o auxílio dos frades da primeira ordem. Talvez isso explique a diversidade de mosteiros da segunda Ordem que ficaram conhecidos por diversos nomes decorrentes de suas práticas, como por exemplo: Clarissas Recoletas, Clarissas Capuchinhas, Clarissas Sacramentárias etc.

As Clarissas chegam a vinte mil no mundo, em 986 Mosteiros. Permanecem nove denominações de Clarissas, conforme a Regra ou as Constituições que observem: Clarissas (com a Forma de Vida de Santa Clara), as Clarissas Urbanistas, Clarissas Coletinas, Clarissas Capuchinhas, Clarissas Sacramentinas, Clarissas da Adoração Perpétua (com a Regra de Santa Clara ou com a de Urbano IV), Clarissas Capuchinhas Sacramentárias e Clarissas da Divina Providência.

A Ordem de Santa Clara (OSC), Segunda Ordem Franciscana, foi fundada em 1212 quando Clara de Assis motivada por Francisco decidiu viver uma vida de pobreza de forma contemplativa. A princípio a Ordem recebeu o nome de Ordem das Damas Pobres. Só após a morte de Clara que a ordem passa a adotar o nome dela, levando em consideração a aprovação da regra escrita pela própria.

A forma de vida dada a Santa Clara por São Francisco é essa: “Por divina inspiração, vós fizestes filhas e servas do altíssimo sumo Rei, o Pai celestial e vos desposastes com o Espírito Santo, escolhendo viver segundo a perfeição do Santo Evangelho. Por isso, quero e prometo, por mim e por meus Irmãos, ter sempre para convosco diligente cuidado e especial solicitude, como para com Irmãos. ” (FVC)

Alguns pontos importantes:

  • 1205/1206 Conversão de São Francisco e renuncia aos bens materiais
  • 1208/1209 Formação da primeira Fraternidade Franciscana
  • 1212 Francisco corta os cabelos de Clara como sinal de consagração
  • 09 de agosto de 1253 Aprovação da regra de Santa Clara
  • 11 de agosto de 1253 Morte de Santa Clara


Clara de Assis vive num tempo em que qualquer movimento religioso feminino

deveria seguir a regra proposta por São Bento para os monastérios. O Papa Gregório IX

tentava enquadrar todas as experiências de comunidades femininas num evangelismo

pauperista. Entretanto, Clara não se via contemplada nessa iniciativa por acreditar que o Franciscanismo pregava virtudes e valores que iriam além do movimento pauperista da

época, além de estar na posição de defesa da identidade do carisma franciscano.

São Francisco deu orientações a Clara e suas irmãos como “forma de vida” desde

1212, quando ingressaram na nova vida de Irmãs Pobres. Mas, em 1215, Clara e suas

irmãs foram obrigadas a seguir o decreto do Concílio de Latrão em que os institutos

recentes deveriam se adaptar às Regras antigas. Sendo assim, as Irmãs Pobres tiveram

que professar a Regra de São Bento. Entretanto, em 1216, Clara conseguiu obter do Papa

Inocêncio III o seu primeiro “Privilégio da Pobreza”.


A história dos inícios não foi absolutamente algo fácil para Santa Clara, sobretudo no que se refere ao carisma da radical pobreza evangélica, que só vê aprovado definitivamente com a sua Forma de Vida, dois dias antes de morrer. Várias Regras se sucederam e após a morte de Santa Clara mais outras duas: a do Papa Urbano IV e a de Isabel da França. Com uma tal variedade de Regras, com suas diferentes observâncias e costumes, os Mosteiros independentes eram muito diversificados. 

Depois de uma certa época, a Igreja passou a aprovar para as novas fundações somente a vivência da Regra de Urbano IV, que tentou impor e a da Forma de Vida de Santa Clara. Entretanto, sempre houve uma tendência crescente dos Mosteiros de pedirem a aprovação da Forma de Vida de Santa Clara e isso se intensificou nos últimos séculos. Nessa perspectiva surgem diversas iniciativas dentro dos mosteiros em recuperar a pobreza radical proposta por Clara sob o auxílio dos frades da primeira ordem. Talvez isso explique a diversidade de mosteiros da segunda Ordem que ficaram conhecidos por diversos nomes decorrentes de suas práticas, como por exemplo: Clarissas Recoletas, Clarissas Capuchinhas, Clarissas Sacramentárias etc.

As Clarissas chegam a vinte mil no mundo, em 986 Mosteiros. Permanecem nove denominações de Clarissas, conforme a Regra ou as Constituições que observem: Clarissas (com a Forma de Vida de Santa Clara), as Clarissas Urbanistas, Clarissas Coletinas, Clarissas Capuchinhas, Clarissas Sacramentinas, Clarissas da Adoração Perpétua (com a Regra de Santa Clara ou com a de Urbano IV), Clarissas Capuchinhas Sacramentárias e Clarissas da Divina Providência.

O nosso primeiro Mosteiro foi fundado na cidade de Nápoles Itália, pela Venerável Maria Lourença Longo, dama catalã, viúva e Fundadora do grande Hospital dos Incuráveis nesta mesma cidade. Depois de fundado o Hospital (que por muitos anos foi o maior da Europa) Maria Lourença por inspiração Divina e com o desejo de se dedicar completamente a uma vida de Oração e Contemplação iniciou ao lado do complexo hospitalar o primeiro Mosteiro de Clausura das Monjas Clarissas Capuchinhas.

O Mosteiro das "Trinta e Três" é o nosso Primeiro Mosteiro, fundado em 1535 por nossa amada Venerável Maria Lourença Longo. Ficou conhecido por esse nome por causa de uma decisão do Papa Paulo III de aumentar as monjas de 12 à 33, e de um ponto de vista espiritual em relação a idade de Cristo. Lembrando que esse foi o primeiro mosteiro de Nápoles a acolher as jovens "sem o dote". Antes nos mosteiros de Nápoles, quem desejava se tornar monja, deveria apresentar um dote. Maria Lourença Longo decidiu então, fundar um mosteiro sob a Regra de Santa Clara, em que as jovens pudessem livremente ingressar sem o empecilho do dote. E tanto eram os pedidos que o Papa Paulo III resolveu deixar em 33. Tal é a origem do nome "Trentatré".


VÍDEO SOBRE UMA VISITA AO MOSTEIRO


Estudos sobre a venerável Maria Lourença Longo

Um primeiro indício biográfico de Maria Lourença Longo, foi elaborado pelo Pe. Mattia Bellintani de Saló (1535/1611) na sua Historia Cappuccina (História Capuchinha). Esta obra teve início em maio de 1587 e concluída no fim do mesmo século. Permaneceu manuscrita por muitos anos, até que foi publicada com aparato crítico pelo Pe.Melchiorre de Poblatura. O aceno biográfico da Venerável Longo foi editado somente no ano de 1896 pelo Pe. Edoardo d'Alençon.

A Historia do Pe. Bellintani, está entre as fontes mais oficiais, das origens dos Capuchinhos. Para a biografia de Lourença Longo, o Pe.Bellintani serviu-se de notícias dadas por testemunhas imediatas. Pe. Bellintani esteve na Província de Nápoles em 1567, como companheiro do Vigário Geral Pe. Mario de Mercato Saraceno, e alí permaneceu cerca de três anos. No Advento de 1569 pregou na Igreja de Santa Maria dos Povos, que, com um mosteiro das Capuchinhas nas proximidades, foi o campo principal da atividade de Maria Lourença Longo. Não temos dúvida então, que ele possa ter tido contato com aqueles que viveram ao lado de Maria Longo, já que mostra conhecê-los com uma certa familiaridade. 

O seu escrito biográfico foi a fonte principal da vida de Maria Lourença Longo, porque teve poucos acréscimos nos anais de Boverio, de onde todos os outros saíram.

Outras notícias sobre Maria Lourença Longo foram relatadas pouco depois com as histórias dos Teatinos. Em geral todos os que escreveram sobre as origens dos Teatinos, e os biógrafos de São Gaetano de Tiene, se detém um pouco na figura de Maria Longo, que foi em Nápoles a principal colaboradora do Santo Fundador.

Para a Fundação do Hospital dos Incuráveis e para a introdução do Divino Amor em Nápoles, se encontra como fonte principal a carta biográfica sobre Ettore Vernazza, escrita por sua filha Battistina, em 1581 a pedido do seu confessor Pe. Gaspare de Piacenza. Nesta carta biográfica está escrito a relação detalhada desses eventos, que foram talvez os mais importantes da vida de Maria Lourença Longo. A autora afirma ter ouvido a história por um dos próprios protagonistas: Pe. Calisto de Piacenza.

Nos anos de 1.600 se seguiram verdadeiras biografias de Maria Lorença Longo:

*Federico Malipiero em Veneza, no ano de 1640 imprimia em Italiano a primeira biografia;

*Carlo Guadagno em Nápoles, no ano de 1660, escrevia em Latim a segunda biografia; 

*E o Capuchinho Paul Lany no ano de 1667, publicava em Francês a terceira biografia.