Frei Ângelo Valentini, OFMCap

5.12.1960
8.1.1994

Fr.Ângelo Valentini

1960-1994

Frei Ângelo, filho deDorvalino Valentini e Ida Francescheto, nasceu em São Valentim-RS,aos 05.12.1960. Foi batizado doze dias após. A seguir, seus pais mudaram para São Lourenço do Oeste-SC, Capela do Planalto eali recebeu a 1ª Eucaristia aos 05.06.1966. Foi crismado aos 02.08.1982em Irati, Capela do Riozinho, por Dom Geraldo Micheletto Pellanda.

Entrou para o Seminário deOuro, SC, aos 2.02.1970, sendo o diretor Fr. Adelino Frigo. Recebeu o hábitocapuchinho aos 10.02.1979, na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba,tendo por mestre de noviciado Fr. João Daniel Lovato. Fez a profissãotemporária aos 10.02.1980, e a profissão perpétua em Florianópolis aos19.08.1984. Recebeu a ordenação sacerdotal das mãos de D. José Gomes, aos08.02.1986, na Matriz de São Lourenço do Oeste. No dia seguinte celebrou a 1ªMissa Solene na Capela do Planalto, daquela paróquia.

Após suaordenação passou a fazer parte da equipe dos missionários, permanecendo nelaaté a morte, em 1994. Em 1992 foi responsável pela Pré e Pós-Missão Coordenandoas Missões Populares em Santa Teresinha (Guarapuava) e São João Batista (Londrina).Nesse mesmo ano, frequentou a primeira etapa do CEBI em Esteio (RS) e a seguir,em Caxias do Sul (RS).

Fr.Ângelo era muito inteligente. Tinha capacidade para falar coisas complicadas deforma atraente e acessível, sem perder a profundidade. Era excelentecomunicador. Gostava de fazer palestras, programas de rádio, dar entrevistas naTV, cantar, tocar violão. Comunicava-se de forma bem-humorada, tranquila, fluente,permeada de exemplos esclarecedores. Prendia uma plateia por duas horas eninguém se cansava.

Sabiadar atenção às pessoas, ouvi-las com interesse, valorizar seus dons,incentivá-las e confiar nelas. Contornava os problemas com diplomacia e estratégia.  Amava sua vocação, gostava de ser frei, amavaa Província e demonstrava muita coerência de vida.

Tinhacomo meta pessoal fazer um curso de especialização em Roma e outro na Américae, mais tarde, lecionar por alguns anos. Defendia que ninguém, logo ao terminaro Curso de Teologia, deveria especializar-se sem antes passar no mínimo unstrês anos por uma experiência de vida fraterna e pastoral. De si mesmo faziaesta crítica: “Não tenho respaldo para fazer qualquer comentário, pois desdeque fui ordenado sacerdote, somente trabalhei nas missões. Porém, percebo que,como frei, terei ou poderia ter outra visão”. Falava que gostaria de ficar maistrês anos nas missões e depois queria estudar.

Amavaviver em fraternidade, mas não gostava que lhe chamassem a atenção na hora deuma falha. Preferia terminar o que estava fazendo e somente depois ser avisado.Não improvisava, preferia planejar em equipe, detestando trabalhar sozinho. Porisso, não admitia improvisações. Em suas atividades pastorais preferia ter aoseu lado um frade mais idoso, porque dizia: “Sinto-me mais seguro com a experiência,idade e aparência dele”.

Emseus trabalhos gostava de ter tempo para conversar, tomar chimarrão, ler erezar. Quando as coisas não iam conforme o planejado, ele se retraía. Magoava-secom facilidade e era demorado em perdoar e esquecer. Mas reconhecia que tinhaesta limitação e lutava para trabalhá-la. Era uma esperança para a Província.

Nestasua atividade de Missionário Popular sofreu um acidente de automóvel,juntamente com Fr. Antônio Valentin Colet, na BR 153, no Município de GeneralCarneiro, PR. Faleceu neste local aos 08.01.1994 com 33 anos de idade, 13 deVida Religiosa, 8 de Vida Sacerdotal.

Suamorte repentina deixou uma lacuna muito grande na equipe dos missionários.

Foisepultado em nosso Cemitériode Botiatuba, PR.

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Frei Ângelo Valentini, OFMCap

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