Frei Carlos foi o oitavo filho do casal Carlos Benetti e Justina Rasera, nascido em Curitiba a 01.05. 1922. Foi batizado com o nome de Aristides na Catedral Nossa Senhora da Luz no dia 10.12.1922, e crismado aos 04.01.1931 por Dom João Francisco Braga. Recebeu a Primeira Eucaristia aos 06.01.1933, que o marcou e a aponta como germe de sua vocação religiosa e sacerdotal. Após dois meses, aos 05.03.1933, entrou para o Seminário Nossa Senhora das Mercês.
Recebeu o hábito capuchinho no noviciado de Piracicaba, na Província de São Paulo, aos 04.02.1937, recebendo o nome de Frei Carlos de Curitiba. No ano seguinte, aos 11.02.1938, no mesmo dia em que o Papa Pio XII iniciava seu pontificado, emitiu os votos temporários e, aos 02.05.1942, os votos perpétuos nas Mercês, em Curitiba. Foi ordenado presbítero aos 08.12.1944, na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba, pelo Arcebispo D. Ático Eusébio da Rocha. Celebrou a Primeira Missa Solene aos 10.12.1944, na mesma igreja.
Fr. Carlos residiu nas seguintes localidades: Botiatuba (1945-1946;1953-1954); Curitiba: Mercês (1947;1955-1960; 2000-2001); Barra Fria, hoje Lacerdópolis-SC (1947); Ponta Grossa: Imaculada (1948;1966); Roma (1948-1952); Ponta Grossa: Bom Jesus (1961-1965); Cruzeiro do Oeste (1967-1969); Tomazina (1970-1979); Florianópolis (1980-1999).
Nestes lugares atuou como Professor e Vice-Diretor nos Seminários, Reitor da Igreja Imaculada Conceição em Ponta Grossa. Em Roma doutorou-se em Filosofia. Foi Professor de Filosofia e, além lecionar nas Mercês, atendeu a Capela de Campo Magro por oito anos, onde dirigiu a construção do Educandário Divina Pastora. Com a transferência da Filosofia ao Convento Bom Jesus, em Ponta Grossa, Fr. Carlos continuou lecionando esta disciplina aos nossos estudantes, religião no Colégio São Luiz e trabalhava na horta com os freis. A seguir, atuou na Paróquia Imaculada Conceição, como Pároco, concluiu o salão paroquial. Em Cruzeiro do Oeste, iniciou a construção da atual matriz. Numa viagem de retorno de Curitiba, sofreu um acidente rodoviário perto de Tuneiras. Fez tratamento em Curitiba, nas Mercês. Em Tomazina trabalhou dez anos como Pároco. Em 1975 foi buscar na Itália as Relíquias de S. Inocêncio Mártir que são veneradas na Matriz de Tomazina. Em Florianópolis, assumiu a Capelania: Hospital de Caridade, Hospital Nereu Ramos, Hospital Infantil e Hospital Universitário.
Desde o Seminário cultivou terna devoção a Nossa Senhora, e seu Sacerdócio foi Marial. Ordenado no dia da Imaculada Conceição, em quase todos os lugares em que trabalhou tinham como padroeira a Mãe de Deus e Divina Pastora.
Foi homem de oração. A todos atendia com carinho. Amava os freis e a Província. Cultivou muitas amizades e era aberto às realidades da vida. Trabalhou de maneira significativa pelas vocações. Um Frei muito afetuoso e sensível e de grande ardor na vida religiosa e sacerdotal. Através de cursos, leituras e de assíduo amor ao estudo conseguiu notável cultura.
Diabético, sofreu bastante nos últimos tempos, tratando-se em Florianópolis e Curitiba. Depois de quase dois anos de cama, imobilizado e, segundo alguns médicos, inconsciente, faleceu no dia 02.11.2001. Contava 79 anos de idade, 63 de Vida Religiosa e 57 de Sacerdócio.
Está sepultado no Cemitério dos Freis, em Botiatuba.
