Frei Erasmo de Loreo, OFMCap

21.3.1906
30.3.1993

Fr. Erasmo de Loreo (Ângelo Bergamim)

Frei Erasmo, filho de Benvindo Bergomin e Rosa Marangon, nasceu dia 21.03.1906 em Tornova (Diocese de Chioggia), Itália. Foi batizado com o nome de Ângelo no dia 01.04.1906, e crismado dia 19.10.1914.

Desde jovem queria abraçar a vida religiosa, mas, dificuldades familiares o impediram que realizasse seu projeto de vida. Contava 28 anos de idade quando foi aceito, aos 30.10.1934. Passando seis meses como aspirante em Veneza, foi considerado bom, trabalhador, obediente e com pendores para a vida capuchinha.

Iniciou o noviciado aos 19.06.1935,em Bassano del Grappa, com o mestre Fr. Romualdo de Soave. Seu noviciado prorrogado de quatro meses. E, no mesmo convento, emitiu sua profissão temporária, aos 14.10.1936 nas mãos de Fr. Teodoro de Codróipo.

No Paraná - Antes de professar perpetuamente partiu da Itália, aos 06.01.1939, do Porto de Trieste com o navio Neptunia, como missionário no Paraná e Santa Catarina. Fr. Erasmo de Loreo fez parte do grupo de Freis Vênetos que vieram ao Paraná: Fr. Natal de Rosá, Fr. Patríciode Nébola, Fr. Honório de Bassano, Fr. Gaspar de Fellette, Fr. Santes de Povegliano. Partiram de Trieste com o navio Neptunia, aos 05.01.1939. O navio aportou em Recife aos 16.01.1939, mas desembarcaram em Santos aos 20.01.1939, e chegaram em Curitiba aos 22.01.1939.  

Passados alguns meses, na Fraternidade de Botiatuba, PR, emitiu a profissão solene em Curitiba, nas mãos de Fr. Tarcísio de Bovolone, aos 15.10.1939.

Fr. Erasmo exerceu seu ministério nas seguintes localidades: Botiatuba (1939-1944; 1953; 1956-1958); Barra Fria, hoje Lacerdópolis-SC (1945-1947; 1955); Curitiba (1947); Joinville (1949),Irati (1949-1951); Ponta Grossa: Imaculada Conceição (1952); Santo Antônio da Platina (1953-1954).

Retorno - Retornou definitivamente à Província Vêneta aos 21.02.1958. Mais tarde, porém, arrependeu-se, e por isso, na carta de 26.09.1968, escreveu: “Declaro que em mim jamais se extinguiu o fogo missionário; por isso, peço para retornar o quanto antes ao Brasil ou, caso queirais, para a África”. Em outra carta de outubro do mesmo ano, repete seu pedido. Pensava que havia cometido um erro em retornar do Brasil, após 20 anos de trabalhos. Porém, nunca mais pôde aqui regressar.

Fr. Erasmo escreveu em treze páginas os fatos principais de sua vida na Itália e no Brasil. Narrou fatos com naturalidade e espontaneidade, descrevendo algumas de suas peripécias: Fora picado por uma cobra em Botiatuba; as ameaças de um empregado, e por pouco escapou de uns bons tapas; com noite escura, a queda num buraco com a carroça cheia. Em toda parte, mostrou-se grande trabalhador. Sua fotografia, por exemplo, permaneceu exposta por muito tempo na Foto Weis, em Curitiba, perto da Catedral: Ele aparecia com sua longa barba e usando um pitoresco chapéu de palha.

Celebrou os 25 anos de Vida Religiosa em Porto gruaro (1960), e os 50 anos, em Bassano del Grappa (1985). O então Ministro Provincial lhe dizia: “Numerosos conventos tiveram a alegria de tua presença trabalhadora, discreta, cheia de alegria franciscana. Foste para nós um exemplo de vida compromissada com a alegria”. Os noviços, na revista Simplicitas (nº 2, 1989), chamavam Fr. Erasmo “nosso talismã, trabalhador, simples e sincero como uma criança”.

Na Itália foi membro nas Fraternidades de Thiene, Portogruaro, Veneza, Údine, Trieste, Bassano del Grappa e, finalmente, em Conegliano, na Enfermaria Provincial, onde faleceu aos 30.03.1993, contando 87 anos de idade, 56 de Vida Religiosa e 18 de Missionário.

Foi sepultado em sua terra natal, em Loreo.  

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Frei Erasmo de Loreo, OFMCap

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