Frei Guido, OFMCap

8.10.1932
14.4.2001

Frei Guido (Hermínio Bortoletto)

Frei Guido, filho de Sílvio Bortoletto e Maria Cadamuro, nasceu aos 08.10.1932, em San Donà di Piave, Veneza, Itália. Nessa cidade foi batizado com  nome de Hermínio, aos 23.10.1932, e crismado aos 25.09.1942.  Entrou para o Seminário de Verona aos 10.09.1946. Em Bassano del Grappa, ingressou ao noviciado, aos 12.08.1951, recebendo o nome de Frei Guido de San Donà di Piave, tendo por mestre Fr. Luquésio Mezzalira. Emitiu os votos temporários aos 15.08.1952, e os votos perpétuos aos 30.10.1955, em Pádua. Foi ordenado sacerdote aos 21.06.1959, por D. João Urbani na Basílica do Santíssimo Redentor. Celebrou a Primeira Missa Solene aos 07.07.1959, em São Doná di Piave, sua terra natal.

Desenvolveu sua primeira atividade no Seminário Menor da Província, em Rovigo, como Professor e diversos trabalhos apostólicos (1960-1963).

Na Angola – Seu pedido para ser missionário foi aceito. Após um estágio em Lisboa para se familiarizar com a Língua Portuguesa, viajou a Angola no final de 1963. Trabalhou em Quiculungo, Maquela Zombo, Cangola, Zanza Pombo até 1973.

No Paraná - Depois de seu retorno da Angola, permaneceu na Província de Veneza, mas logo pediu para ser missionário no Brasil. Embarcou em Gênova, aos 05.04.1975, no navio Cristoforo Colombo. Desembarcou em Santos, e dia   22. 04. 1975  encontrava-se em Curitiba.

Em nossa Província trabalhou nestes lugares: Reserva (1975-1978; 1989-1997); Siqueira Campos (1978-1979); Tomazina (1980-1984); Uraí (1985-1989); Arapongas (1997-2001). Nestes lugares serviu como Vigário Paroquial, Pároco e Superior Local.

Frei Guido costumava passar suas férias anuais em nossa casa de praia, em Itapoá-SC. Gostava de andar a pé, pescar, conversar com o povo e os jovens. Ensinava-os a jogar pingue-pongue, e com eles passava horas de folguedo. Fez muitas amizades.

Fr. Guido demonstrou sempre, em sua vida, atitudes de bondade, simplicidade, disponibilidade (estava sempre pronto), de desprendimento e pobreza, no sentido literal da palavra. Tinha o estritamente necessário. Era um Frade alegre, sempre de bem com a vida.

Possuidor de uma fé inquebrantável! E isso foi comprovado sobretudo durante a sua doença de câncer no pulmão. A médica que o atendeu afirmou que os doentes cancerosos semelhantes a Frei Guido são raríssimos. Mostrava-se admirada e edificada pelo seu comportamento calmo, sereno, pela alegria que demonstrava diante do mal, por ele conhecido, e sem perspectivas de melhoras. O capelão do hospital confessou que demonstrou uma fé impressionante e, apesar de conhecer perfeitamente a gravidade do seu estado de saúde, foi um exemplo de paciência e calma.

O Ministro Provincial assim se expressou: “Fr. Guido manifestava uma grande força interior que não se explicava humanamente. O câncer deformou seu corpo fisicamente, mas não lhe tirou a serenidade, a paz, a paciência e a beleza da alma. Sorria, sem nunca de nada reclamar. Na última vez que conversei com ele, dizia-lhe para não perder a oportunidade de tudo oferecer a Deus, o leito de dor como se fosse seu altar”. Respondeu-me: “Sempre ofereci e estou oferecendo tudo...”.

Faleceu no Hospital Nossa Senhora das Graças, aos 14.04.2001. Contava 68 anos de idade, 48 de Vida Religiosa, 41 de Sacerdócio e 26 de Missionário no Brasil.

A pedido da família, o corpo de Fr. Guido foi levado para S. Doná di Piave, na Itália.

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