Frei Guilherme de Magredis, OFMCap

13.3.1909
4.4.1986

Frei Guilherme de Magredis (Plínio Vidoni)

Frei. Guilherme, filho de Inocente Vidoni e Luíza Saccavino, nasceu no dia 13.03.1909, em Magredis, no Município de Povoletto (Udine). Foi batizado com o nome de Plínio, no dia seguinte, e crismado dia 05.02.1920. Tinha quatro anos quando João, seu irmão, vestia o hábito capuchinho com o nome de Fr. Vicente, ordenado sacerdote em 1924, mestre dos noviços e Ministro Provincial da Província Vêneta, de 1945 a 1948. Aos 18.10.1920, entrou para o Seminário de Rovigo. No dia 17.05.1924, foi admitido ao noviciado de Bassano del Grapa. Emitiu os votos temporários aos 23.05.1925, e os votos perpétuos aos 25.03.1930, em Veneza. Foi ordenado sacerdote pelo Servo de Deus, Cardeal Pedro La Fontaine, dia 17.12.1932, na Basílica Patriarcal de São Marcos, em Veneza.

No Paraná - Após ter trabalhado como pregador em Veneza (1932-1933); Ásolo (1933-1934); Bassano del Grappa (1934-1935) e Rovigo (1935-1936), sentiu o chamado ao ideal missionário. Fez seu pedido em 1933 e obteve a resposta três anos depois.

Aos 19.08.1936, com Fr. Epifânio da Galliera Vêneta, partiu de Veneza com destino ao Porto de Nápoles. Aproveitaram a ocasião para visitar Assis e Roma, para pedir a proteção ao Pai São Francisco e aos mártires. Aos 11.09.1936 chegou ao Porto de Santos, de onde veio ao Paraná. No dia seguinte chegou a Jaguariaíva.

No Paraná exerceu seu ministério nas seguintes localidades: como Professor no Seminário de Botiatuba (1936-1941) e, ao mesmo tempo Vigário Paroquial. Durante 10 anos trabalhou junto à população de Açungui, Rio Branco do Sul e Campo Magro. Durante bom tempo o povo lembrava o intrépido cavaleiro capuchinho, que chegava com a sua bondade e serenidade. Em 1942 foi transferido para Cerro Azul. Em 1944, foi destinado Pároco de Wenceslau Braz onde permaneceu até a metade de 1946. Nesse ano, enquanto desenvolvia com muito fervor apostólico sua atividade paroquial, foi chamado a Curitiba para atender a formação dos clérigos, no estudo de Filosofia e Teologia onde permaneceu de 1946 a 1949. Nos anos de 1950 1952 foi Missionário Popular, sendo também o Coordenador. No final de 1952, chegou a Mandaguaçu, sendo o primeiro Pároco. Construiu a casa paroquial e iniciou a construção da igreja matriz. Em 1953, voltou à equipe missionária, quando em seguida foi nomeado Pároco em Santo Antônio da Platina (1953-1966), para substituir Fr. Inácio de Ribeirão Preto, que tinha sido nomeado Bispo.

Em 1955, em Santo Antônio da Platina, construiu o Asilo para os Idosos, com capacidade para 100 leitos. Aos 24.05.1957, organizou se uma grande festa para inaugurar a igreja e o asilo e, nesta ocasião, como reconhecimento foi Ihe concedido o Título de Cidadão Honorário daquela cidade. O Prefeito de Santo Antônio da Platina sancionou, aos 19.09.1969, a lei denominando Avenida Frei Guilherme Maria a rua que liga o prolongamento da Rua Rui Barbosa à BR 113, dando acesso à cidade e passando bem em frente ao asilo, por ele construído.

Passou seus últimos anos no Brasil, (1966-1970) vivendo no Convento das Mercês, Curitiba, como Vigário Paroquial e Capelão do Hospital Nossa Senhora das Graças.

Fr. Guilherme contagiava os confrades e os seminaristas com a sua alegria, contando os acontecimentos e peripécias de sua vida nos matos. Era um homem impregnado de Deus. Sentia-se bem em fraternidade. O grande sustentáculo do seu fecundo apostolado era a oração. Dedicava-se com interesse e alegria à profunda oração e à vida interior. Amava o silêncio do convento. Oito cadernos por ele escritos contêm esquemas de orações, homilias e notas de seus exercícios espirituais, revelando toda a sua alma franciscana: simples e serena.

Retorno - Fr. Guilherme, depois de se alegrar ao ver a Missão passar à Custódia, em 1937, a Comissariado, em 1957 e, finalmente, à Província, em 1968, retornou à Província Vêneta, em maio de 1970. Na sua carta de despedida ao Ministro Provincial do Paraná e Santa Catarina assim se expressou: “Não posso fazer calar a saudade da terra que tenho banhado com os suores do trabalho apostólico por 34 anos, e obras realizadas, as almas que tenho conduzido aos prados de Deus. Procurarei suavizar esta saudade rezando e pedindo a felicidade de todos”.

Este bravo Missionário doou todo o seu Sacerdócio a serviço dos fiéis, confiados cordialmente a Maria. Desde jovem se inscreveu em algumas associações, particularmente marianas: Maria, Rainha dos Corações, Senhora do Carmo, Almas Vítimas, Trânsito de São José.

Fr. Guilherme faleceu no Convento de Pádua no dia 04.04.1986, no mesmo leito onde morreu São Leopoldo Mandic. Contava 77 anos de idade, 61 de Vida Religiosa, 54 de Sacerdócio e 34 de Missionário.

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Frei Guilherme de Magredis, OFMCap

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