Frei Jacinto, filho de João Govasky e Verônica Mieznikoski, nasceu aos 23.04.1930 em Botiatuba. Foi batizado com o nome de Bernardo na Paróquia Santa Ana, em Abranches, Curitiba/PR, dia 30.04.1930, e crismado em Botiatuba, juntamente com seu irmão José (Fr. Afonso) no dia 27.11.1932, por Fr. Inácio de Ribeirão Preto, e juntos também ingressaram no Seminário de Botiatuba, aos 03.07.1941. Iniciou o noviciado no mesmo local aos 05.01.1947, recebendo o nome de Frei Jacinto de Botiatuba. Emitiu os votos temporários aos 02.02.1948, e os perpétuos em Curitiba, aos 15.08.1951, na Igreja das Mercês, tendo como celebrante Fr. Casimiro (Feliciano Czelusniak).
Antes de sua ordenação, passou um período em tratamento nas Fraternidades de Irati: Seminário Santa Maria (1953), Barra Fria (1954), Ponta Grossa: Imaculada Conceição (1955), Santo Antônio da Platina (1955). Foi ordenado sacerdote aos 26.05.1956 na Catedral de Curitiba por D. Manuel da Silveira d’Elboux, Arcebispo Metropolitano.
Logo após a ordenação trabalhou nos seguintes lugares: Irati: Seminário Santa Maria (1956-1958); Botiatuba (1958); Ponta Grossa: Imaculada (1959-1975); Santo Antônio da Platina (1976-1979); Florianópolis (1980-1985); Umuarama (1985); Curitiba: Mercês (1986-1991).
Inicialmente trabalhou como professor (especialmente de música) nos seminários. Depois, durante 11 anos atendeu os sertões de Reserva e Itaiacoca, muitas vezes no lombo de cavalo. Muitos amigos gostavam de acompanhá lo nessas maratonas de até 150 km, em terreno montanhoso, de difícil acesso. Um de seus amigos afirmou: “Fr. Jacinto nunca deixou de atender ou de estar no local, no dia e horário pré marcados. O povo da região tinha por ele uma grande admiração, por sua simplicidade e a maneira de transmitir a Palavra. Fr. Jacinto superava as grandes dificuldades devido ao amor à sua vocação e missão de levar o Evangelho. Conhecia todos os membros das comunidades”.
Além das atividades sacerdotais, Fr. Jacinto era músico do gênero erudito e pertencia à Ordem dos Músicos do Brasil. Foi compositor, com mais de 300 composições e regente, fundou vários corais. Terminou sua última composição três dias antes de morrer: A Missa "Saúde dos Enfermos". Quatro Missas de sua autoria foram traduzidas para o polonês. Com o coral da Igreja Imaculada Conceição, Ponta Grossa, apresentou-se inúmeras vezes em Ponta Grossa, Curitiba, Lapa, Castro, Pirai do Sul e na TV canal 4. Gostava de cantar e apresentava-se, em público, como solista. Amava as óperas dos grandes compositores italianos.
Fr. Luiz Alves de Souza, seu colega de seminário, (e também grande músico) lembra que “Fr. Jacinto era muito comunicativo e alegre desde criança. Não tinha complexos pela sua pouca estatura. Seu otimismo tirava das provações motivos de hilaridade”. Quando alguém lhe vinha com lamentações, dizendo, se não fosse isso, se fosse aquilo outro..., costumava dizer: “Ah, bonitinho, se minha mãe fosse Rainha da Inglaterra eu seria um Príncipe de Gales !”.
Era homem de oração e reflexão. Com frequência podia ser encontrado rezando. Aliás, escrevia a um amigo: “Nunca rezei e meditei tanto em minha vida como o faço agora em meu quarto”. Quando falava do seu sofrimento (muitas dores), acabava sempre dizendo: "Jesus sofreu bem mais do que eu! E olha que o Homem era bom”.
Faleceu no dia 06.06.1991, no Convento Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba. Contava 61 anos de idade, 43 de Vida Religiosa e 35 de Sacerdócio.
Foi sepultado no Cemitério de Botiatuba.
