Frei Martinho Mário Rigotto, OFMCap

17.4.1928
4.1.2023

Mário Rigotto

Irmão Presbítero

Nasceu no ano de 1928 na localidade de Santa Justina (Caxias do Sul - RS), filho de Abramo Rigotto e Delvige Tomazzoni. E foi batizado aos 21 de junho de 1928, na Capela de São Luiz da Paróquia de Santa Tereza em Caxias do Sul. Iniciou os seus estudos de ensino fundamental na Escola Santa Catarina também na cidade de Caxias do Sul, fazendo seu ginásio no Colégio São José, em Flores da Cunha (RS). Ingressou no Seminário São José em Veranópolis (RS) em 02 de julho de 1940, onde continuou o ginásio. Ele fez o científico no Seminário São Luiz, em Ipê (RS). Deu início ao seu postulado em Flores da Cunha no dia 28 de dezembro de 1947, ingressando no noviciado em 05 de janeiro de 1948 também em Flores da Cunha, tendo como mestre Frei Luiz Ferronato. A sua Profissão Temporária foi emitida no dia 06 de janeiro de 1949, nas mãos do Ministro Provincial Frei Agostinho Bizotto.

No Convento São Boaventura de Marau (RS) cursou Filosofia (1949 – 1951). O curso de Teologia foi no Convento São Francisco de Assis em Garibaldi (RS) (1952 – 1954). A Profissão Perpétua foi no dia 06 de janeiro de 1952, também em Marau. Sua Ordenação Diaconal no dia 05 de dezembro de 1954, em Caxias do Sul, tendo como Bispo ordenante: Dom Benedito Zorzi, no dia 8 de dezembro do mesmo ano foi ordenado Presbítero também pelas mãos de Dom Benedito Zorzi. Nesta data de sua ordenação a Igreja celebrava o Centenário da Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Em 1955 concluiu o 4º ano de Teologia no Convento São Lourenço de Bríndise em Porto Alegre (RS).

Em sua vida de Frade Menor Capuchinho atuou em diversos serviços fraternos e em diferentes áreas pastorais:

1956 a 1964: Professor do Seminário São José em Veranópolis (RS) e capelão de Lageadinho.

1965: Mestre de Noviços clérigos em Flores da Cunha (RS).

1966: Secretaria do Correio Riograndense, elaborando o Calendário Antoniano e outros serviços, Caxias do Sul (RS).

1974: Curso do CEFEPAL em Petrópolis (RJ).

1975: Nomeado Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Bagé (RS).

1976: Diretor dos estudantes de Filosofia em Santa Maria (RS) e Guardião da Fraternidade.

1978: Secretário do Bispo Dom Frei Clóvis Frainer em Coxim (RS).

1980: Vice-diretor do Educandário Frei Leopoldo em Sidrolândia (MS) e vigário paroquial.

1983: Ecônomo na Fraternidade Nossa Senhora de Fátima em Campo Grande (MS) e vigário paroquial.

1985: Pároco da Paróquia de Santo Antônio das Grimpas e ecônomo da Fraternidade do Noviciado São Leopoldo em Hidrolândia (GO).

1988: Vigário paroquial em Jaraguá (GO).

1989: Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Rio Verde (GO)

1991: Pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora em Rio Verde de Mato Grosso (MS) e Guardião da fraternidade.

1994: Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Rio Verde (GO) – em abril desse mesmo ano a Paróquia foi entregue para a Diocese de Jataí (GO).

1995: Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Brasília e responsável pelos cuidados com a saúde de Frei Bernardo Cansi.

1997: Definidor, Vigário–provincial e secretário provincial em Brasília (DF).

2000: Guardião da Fraternidade Santo Antônio em Goiânia (GO) e responsável pelos cuidados com a saúde dos confrades Frei Ismael Reginato e Frei Vitório Vian. No ano de 2002 passa a residir na casa de Formação Frei Demértio de Encantado.

2003: Guardião e vigário paroquial na Fraternidade Nossa Senhora da Abadia em Piracanjuba (GO).

2006: Guardião e vigário paroquial na Fraternidade Nossa Senhora de Fátima em Rio Verde (GO).

2008: Vigário Paroquial e membro da Fraternidade Santo Antônio em Goiânia (GO).

2017: Vigário Paroquial e membro da Fraternidade Nossa Senhora de Fátima em Brasília (DF).

2021: Em dezembro foi transferido para a Fraternidade Nossa Senhora de Fátima em Campo Grande (MS) para receber cuidados devido à sua saúde fragilizada.

A sua adaptação à nova residência foi lenta e progressiva devido ao seu quadro de senilidade estar avançado e Frei Martinho relutava e insistia querendo retornar à sua casa. Intercalaram-se dias estáveis na saúde e outros com pioras, tendo que ser internado em hospital várias vezes. Por fim, na segunda metade do segundo semestre de 2022, permaneceu 50 dias internado para tratamento intensivo, tendo que realizar cirurgia gastrostomia, procedimento necessário por ele não conseguir ingerir alimentos. Recebida a visita do sobrinho Alecs Abramo Rigotto, foram antecipadas previsões quanto ao velório e translado das cinzas ao Rio Grande do Sul para ser sepultado no jazigo de seus familiares.

Faleceu no dia 04 de janeiro de 2023 às 20h25 no seu quarto no Convento Nossa Senhora de Fátima. Causa Mortis: insuficiência respiratória, pneumonia aspirativa, (outras condições significativas que contribuíram para a morte e que não entraram, porém, na cadeia acima), demência senil.

No dia 05 de janeiro de 2023, celebrou-se a Missa de corpo presente de Frei Martinho (Mario Rigotto) na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Campo Grande (MS) às 14h. Nesta celebração estavam presentes confrades da três fraternidades do Mato Grosso do Sul, testemunho de fraternidade e solidariedade.

O presidente da Missa foi Dom Frei Janusz Marian Danecki, OFMConv. Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande, acompanhado pelos concelebrantes: Frei Victório Luiz Grison, Victório João Reginato, Frei Davi de Marau, Frei Odolir dal Mago, Frei Junio Cézar, Frei Paulo Rodiguero, Frei João Pedro Vicenzi, Frei Davi Godoy e os Diáconos Frei Everaldo Teixeira e o Diácono Francisco Jocely Silva de Freitas da Paróquia Maria Auxiliadora dos Cristãos. Estiveram presentes Frei Klenner da Silva e Frei Kelvin Roboton. Não houve a presença e participação de muitas pessoas na assembleia, contudo, durante todo o dia, a comunidade se fez presente com orações, saudações e manifestações de carinho para com os confrades da Fraternidade local.

Dom Frei Janusz Marian, em sua homilia, explanou sobre a entrega e a doação pelo Reino de Deus, e depois pediu que Frei Paulo Rodighero falasse um pouco a respeito do Frei Martinho: sobre sua história vocacional, sua presença, seus dons e testemunho de tantos anos de vida consagrada e sacerdotal. A celebração foi tranquila, e antes da benção final, Dom Frei Janusz Marian fez as orações próprias do rito de exéquias e, logo após o encerramento, a urna mortuária foi fechada.

De acordo com a sua vontade, expressa por escrito, seus restos mortais repousarão no jazigo de sua família no Cemitério Municipal de Flores da Cunha (RS).

por
Frei Martinho Mário Rigotto, OFMCap

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