Frei Maximiliano de Ênego, OFMCap

13.12.1892
15.1.1924

Fr.Maximiliano de Ênego (Melquior Frisson)

Frei Maximiliano, filho deAntônio Frison e Maria Caregnao, nasceu em Ênego, Diocese de Pádua (Itália) aos13.12.1892, onde também foi batizado no dia seguinte, e crismado aos10.05.1903. Recebeu a Primeira Eucaristia no dia 15.05.1904, na Paróquia SanPietro, in Nove.

Entrou para o Seminário de Rovigo com 9 anos,em 1902. Em Bassano del Grappa iniciou o noviciado aos 03.06.1909, e fez suaprimeira profissão no dia 06.06.1910. Em Údine, emitiu os votos perpétuos aos18.01.1914. Sua ordenação sacerdotal ocorreu na Igreja de São João Batista inBracula, em Veneza, aos 24.06.1917, conferida pelo Cardeal Patriarca Pedro La Fontaine.

Sua primeira atividadeapostólica foi no Hospital de Veneza, assistindo os doentes atacados pelafamosa febre espanhola.

No Paraná - Fr. Maximiliano de Ênego veio para o Brasil com 27 anos de idade. Fezparte do 1º grupo de freis vênetos que chegaram ao Paraná: Fr. Ricardo deVescovana, Fr. Teófilo de Thiene e Fr. Angélico de Ênego. Partiram de Gênovacom o navio Principessa Mafalda aos 17.09.1919, desembarcaram no Rio deJaneiro aos 05.10.1919. Esse primeiro grupo viajou com D. Joao Francisco Braga.Após temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo, Fr. Maximiliano e Fr. Angélicochegaram a Jaguariaíva aos 31.01.1920.  

Aos08.02.1920 foi designado como Pároco para a Igreja de Tomazina que, naqueletempo, abrangia os Municípios e as paróquias atuais: Tomazina, Venceslau Braz,Ibaiti, Japira, Pinhalão, Jaboti e Conselheiro Mairinck. Com ardor juvenildedicou-se ao apostolado cuidando da sede, e visitando a cavalo as capelasdaquele imenso território, pregando, catequizando, administrando os sacramentose visitando os doentes. Permaneceu em Tomazina até 1923.

Aindanão tinha completado um ano de sua presença em Tomazina e já tinha visitadotodas as capelas, exercendo o ministério sacerdotal, visitando os doentes emoribundos.

Ointenso trabalho, as contínuas e longas viagens e a pouca alimentação enfraqueceram‑lheos pulmões, e logo se manifestou a doença que o levaria à morte. Como abandonara paróquia quando centenas de cristãos exigiam a presença do sacerdote?

OSuperior Regular, em sua visita pastoral de 15.12.1922, encontrou Fr. Maximilianomuito fraco, com tosse continuada e sem apetite. No entanto, continuavatrabalhando, embora fazendo breves descansos, seguidos de recaídas. Era atuberculose pulmonar que o assolava. Durante uma viagem a cavalo para visitarum doente, foi apanhado por chuva torrencial. Seu estado de saúde decaiu rapidamente.Não havendo recursos em Tomazina, foi levado até Jaguariaíva que era a porta donorte pioneiro, e a cidade próxima com mais recursos. Contudo, a doença estavaadiantada demais. Assim, nos últimos dias de vida, reconhecendo seu estadograve, repetia: "O Senhor é dono, faça o que achar melhor ".

Aos22.12.1923 Fr. Maximiliano, sentindo a gravidade de sua saúde, escreveu aoMinistro Provincial de Veneza, Fr. Odorico de Pordenone, pedindo obediênciapara retornar à Província a fim de melhor tratamento. A carta obediencial,atendendo seu pedido, foi expedida pela Cúria Geral aos 23.01.1924 (infelizmenteapós sua morte).

Naúltima tarde de sua vida pediu a Bênção Papal, e na manhã seguinte disse: “Hojemorrerei". E assim foi. Era o dia 15.01.1924. Contava 31 anos de idade, 13de Vida Religiosa, 6 de Vida Sacerdotal e 4 de Missionário.

Foisepultado no Cemitério de Jaguariaíva, e em 1941 seus restos mortais foram parao Cemitério de Botiatuba.

Nota: Foi o 1º Capuchinho Vêneto da Missão a falecer no Paraná.

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Frei Maximiliano de Ênego, OFMCap

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