Franciscano

Bem-aventurado Geraldo de Villamagna

Ermitão da Terceira Ordem (1174-1270). Gregório XVI aprovou seu culto no dia 18 de março de 1833.

Gerardo Mecatti, nascido em Villamagna, ao longo do rio Arno, filho de camponeses, ficou órfão aos doze anos. Durante uma peregrinação à Palestina, caiu prisioneiro dos turcos, sofrendo duros maus-tratos. Assim que foi libertado, pôde devotamente visitar os lugares santos. Villamagna voltou e decidiu se mudar para perto de uma igreja, que ainda existe e leva o título do Bem-aventurado Gerardo. Em seu interior se conserva a arca com as relíquias do infortunado cruzado.

As aventuras do jovem não tinham acabado. Um ano depois, ele foi para o mar novamente com um grupo de vinte homens, indo para a Síria. Desta vez, quem tornou sua viagem difícil foram os piratas.

Voltou pela segunda vez à Palestina, consagrando-se totalmente à oração e ao exercício de caridade, especialmente para com os doentes e peregrinos. Ele permaneceu lá por sete anos até que percebeu era objeto de manifestações de veneração, as quais ele tentou fugir por humildade.

De volta à Itália, quis conhecer a São Francisco, de cujas mãos recebeu o hábito de terceiro franciscano. E, como terceiro voltou a Villamagna, onde no alto da colina florentina construiu um oratório dedicado a Nossa Senhora.

Esse foi o edifício da igreja original que ainda existe, construída dentro de um convento simples e sugestivo. Mas esse convento franciscano não foi construído por ele, mas por outro santo, Leonardo de Porto Maurício, quase cinco séculos depois, continuando e completando a obra do seu confrade.

Cada semana visitava em peregrinação piedosa três santuários, em sufrágio das almas do purgatório, para a remissão dos pecados e para a conversão dos infiéis. Com fama de santidade, ele faleceu em 25 maio de 1270 com 96 anos de idade.

Fonte: “Santos franciscanos para cada dia”, de Frei Giuliano Ferrini e Frei José Guillermo Ramírez, OFM, edição Porziuncola.