Gerardo Mecatti, nascido em Villamagna, ao longo do rio Arno, filho de camponeses, ficou órfão aos doze anos. Durante uma peregrinação à Palestina, caiu prisioneiro dos turcos, sofrendo duros maus-tratos. Assim que foi libertado, pôde devotamente visitar os lugares santos. Villamagna voltou e decidiu se mudar para perto de uma igreja, que ainda existe e leva o título do Bem-aventurado Gerardo. Em seu interior se conserva a arca com as relíquias do infortunado cruzado.
As aventuras do jovem não tinham acabado. Um ano depois, ele foi para o mar novamente com um grupo de vinte homens, indo para a Síria. Desta vez, quem tornou sua viagem difícil foram os piratas.
Voltou pela segunda vez à Palestina, consagrando-se totalmente à oração e ao exercício de caridade, especialmente para com os doentes e peregrinos. Ele permaneceu lá por sete anos até que percebeu era objeto de manifestações de veneração, as quais ele tentou fugir por humildade.
De volta à Itália, quis conhecer a São Francisco, de cujas mãos recebeu o hábito de terceiro franciscano. E, como terceiro voltou a Villamagna, onde no alto da colina florentina construiu um oratório dedicado a Nossa Senhora.
Esse foi o edifício da igreja original que ainda existe, construída dentro de um convento simples e sugestivo. Mas esse convento franciscano não foi construído por ele, mas por outro santo, Leonardo de Porto Maurício, quase cinco séculos depois, continuando e completando a obra do seu confrade.
Cada semana visitava em peregrinação piedosa três santuários, em sufrágio das almas do purgatório, para a remissão dos pecados e para a conversão dos infiéis. Com fama de santidade, ele faleceu em 25 maio de 1270 com 96 anos de idade.
Fonte: “Santos franciscanos para cada dia”, de Frei Giuliano Ferrini e Frei José Guillermo Ramírez, OFM, edição Porziuncola.