Franciscano

Bem-Aventurado Guido de Cortona

Sacerdote da Primeira Ordem (1190-1250). Seu culto e missa foram concedidos por Gregório XIII em 1583

Nascido em Cortona em torno de 1187, talvez da família nobre dos Vagnotelli,  durante o tempo da juventude pôde estudar, adquirindo boa cultura o que lhe facilitou mais tarde o acesso ao sacerdócio.  Não possuímos muitas informações a respeito de sua vida,  mas é certo que, como diz Wadding, Guido foi recebido na Ordem pelo próprio São Francisco em 1211. Pelo santo fundador, o piedoso jovem, que já se exercitara na oração e na ajuda aos pobres, foi aconselhado a distribuir todos os seus bens aos pobres e deixar o mundo. Assim recebeu o hábito da pobreza na igreja de  Santa Maria de Cortona.

Viveu boa parte de sua vida em eremitério não muito distante da cidade  cultivando mais intensamente a vida de piedade e de mortificação. Naquele lugar foi  construído um conventinho conhecido como “Le Celle” (foto acima) , um dos primeiros da Ordem Franciscana.

Uma vez ordenado sacerdote, passou algum tempo em Assis com Francisco, do qual obteve a licença de entregar-se à pregação. Este ministério executou com muito zelo e produziu abundantes frutos. Foi também contemplado com o dom dos milagres.  Por tudo isso, já em vida, Guido gozou de grande fama de santidade, sobretudo depois que Francisco passou por Cortona, elogiou seu confrade e pediu que os habitantes da cidade se confiassem à sua oração.

Por esta razão, depois de sua morte, acontecida a 12 de junho de 1247, em torno de seu sepulcro floresceram graças e milagres  favorecendo a todos os que buscavam  sua intercessão.

Seus despojos, conservados íntegros,  em 1258  por causa da invasão aretina sofrida pela cidade foram levados para Santa Maria de Cortona e colocados num digno sarcófago romano.  Nunca se soube com certeza o que aconteceu com este sarcófago.

Gregório XIII, em 1583, confirmou o culto ao bem-aventurado Guido somente para a cidade de Cortona. Inocêncio XII o estendeu  a toda a Ordem Franciscana. Guido foi lembrado por Pio  XII em 1947 por ocasião do VII centenário de sua morte.

(Tradução livre e adaptada da obra  Frati Minori Santi e Beati, publicação pela Postulação Geral da Ordem dos Frades Menores, 2009, p. 49-50)