Ordem dos Frades Menores

Bem-aventurado Mateus de Agrigento

Bispo da Primeira Ordem (1380-1451). O seu culto foi aprovado por Clemente XIII em em 22 de fevereiro de 1767.

Mateus de Gallo Cimarra, de pais espanhóis, nasceu em Agrigento (Sicília), no mesmo ano que São Bernardino de Sena: 1380. Iniciado pela mãe nas virtudes cristãs da fé, bondade, pureza e temor de Deus, o jovem correspondeu generosamente aos desvelos maternos. Aos 18 anos ingressou na ordem franciscana. Na Espanha doutorou-se em filosofia e teologia; foi ordenado sacerdote em 1403; e durante quatro anos lecionou aos irmãos.

Quando São Bernardino de Sena iniciava na Itália seu apostolado, Mateus foi ter com ele, e por ele foi acolhido como companheiro de pregação. Trabalharam juntos durante uns 15 anos na difusão do culto do SS. Nome de Jesus e da devoção à Virgem Maria, empenhando-se ainda em restituir à ordem franciscana o ideal primitivo. Edificou muitos conventos e centros de espiritualidade franciscana. Em 1443 foi eleito ministro provincial da Sicília, onde já havia 50 conventos, 38 dos quais dedicados a Santa Maria de Jesus.

Entusiasmado com a devoção ao Nome de Jesus, percorreu toda a Sicília a pregar o evangelho, a recordar aos sacerdotes a sua dignidade, a reavivar a fé do povo, a converter os pecadores – e Deus corrobava com milagres a sua pregação. Foi mestre e artífice de Santos, que foram também seus colaboradores, como os Beatos João de Palermo, Cristovão Giudici, Gandolfo de Agrigento, Arcângelo de Calatafimi, Lourenço de Palermo, e São Eustóquia de Messina.

São Bernardino de Sena fora acusado de heresia perante o papa Martinho V por pregar o culto ao nome de Jesus. O Beato Mateus, com São João de Capistrano, defenderam com energia o grande mestre, e venceram a causa.

Nomeado bispo de Agrigento por Eugênio IV, desenvolveu uma intensa atividade pastoral: reformou o rebanho, extirpou os abusos, restaurou a disciplina, destinou aos pobres as avultadas rendas da diocese, combateu a simonia. Foi injustamente acusado ao papa Eugênio IV, que o chamou e ouviu, e o declarou inocente. Após três anos de episcopado, renunciou à diocese e alcançou do papa autorização para regressar ao convento de Santa Maria de Jesus de Palermo. Aí viveu os últimos anos em silêncio e oração, dando exemplo admiráveis virtudes. A 7 de janeiro de 1451, com 71 anos, passou ao descanso eterno. A sua sepultura tornou-se célebre por freqüentes milagres.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”.  Editorial Franciscana