DÉCIMO NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM 2022
DÉCIMONONO DOMINGO TEMPO COMUM – 06/08/2022
"Cristo Vive! Somos suas testemunhas".
ACOLHIDA
Animador: Irmãos e irmãs, bem-vindos a esta celebração eucarística que nos torna atentos e vigilantes em comunhão com o Senhor. Ele nos chama a descobrir a alegria de servi-lo como fiéis discípulos. No mês dedicado às vocações que neste ano tem como tema: "Cristo Vive! Somos suas testemunhas", e como lema: "Eu vi o Senhor!", neste primeiro domingo, destacamos a vocação para o ministério ordenado. Agradecidos por tantos que, com fidelidade e alegria, testemunham o Senhor vivo entre nós, iniciemos nossa celebração, cantando.
ATO PENITENCIAL
Presidente: Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca. Com confiança e gratidão, supliquemos a misericórdia do Senhor, cantando.
GLÓRIA
Animador: Glorifiquemos a Trindade Santa por todos os que respondem com disponibilidade e alegria ao chamado do Senhor, cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura: Sb 18,6-9
Salmo Responsorial: "Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!"
Leitura: Hb 11,1-2.8-19
EVANGELHO: Lc 12,32-48
REFLEXÃO
- Nossa vida não consiste nos bens materiais que possuímos. Eles podem servir para certa“ estabilidade” neste mundo, mas não garantem a salvação. Pelo contrário, a ambição por adquiri-los ou o mau uso deles pode nos levar à perdição, pois pessoas que só valorizam bens materiais podem ter o coração endurecido, empedernido, materializado. Jesus tinha uma visão muito lúcida sobre o dinheiro. Resume-a numa frase muito contundente: “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro”. É impossível. Esse Deus que busca compaixão uma vida mais digna e justa para os pobres não pode reinar em quem vive dominado pelo dinheiro. Para Jesus há duas maneiras de “entesourar”. Alguns procuram acumular cada veza mais riquezas; não pensam nos necessitados, sua única obsessão é acumular cada vez mais a qualquer custo. Há outra maneira de “entesourar”, radicalmente diferente. Não consiste em acumular riqueza material, mas em compartilhar os bens com os pobres para “fazer para si um tesouro no céu”. Só este tesouro é seguro e permanece intacto no coração de Deus. Os tesouros da terra são caducos, não dão segurança e estão sempre ameaçados. Jesus lança um grito de alerta. Cuidado com o dinheiro, porque “onde está o vosso tesouro, ali estará o vosso coração”. O dinheiro atrai nosso coração e nos seduz porque dá poder, (falsa) segurança, honra e bem-estar: viveremos, porém, escravizados pelo desejo de ter sempre mais. Ao contrário, se ajudarmos os necessitados, iremos nos enriquecendo diante de Deus e o Pai dos pobres nos irá atraindo para uma vida mais solidária. Mesmo no meio de uma sociedade que tem seu coração fixo no dinheiro é possível viver de maneira austera e compartilhada. Por isso, é preciso ter fé e estarmos vigilantes. O apelo de Jesus à vigilância nos chama a despertar da indiferença, da passividade ou do descuido com que vivemos frequentemente nossa fé. Para despertar precisamos tomar consciência da nossa estupidez: começamos a ser mais lúcidos quando observamos a superficialidade de nossa vida. A verdade abre caminho quando reconhecemos nossos enganos; a paz chega ao nosso coração quando percebemos a desordem em que vivemos. Despertar é dar-nos conta de que vivemos dormindo. Para viver despertos é importante viver mais devagar, cultivar melhoro silêncio e estar mais atentos aos apelos do coração. Sem dúvida, o mais decisivo é viver amando. Só quem ama vive intensamente, com alegria e vitalidade, atento ao essencial. “Felizes aqueles que o Senhor, ao chegar, encontrar vigiando”.
- A primeira leitura, fazendo uma memória da libertação do povo da escravidão do Egito, lembra que para serem libertos, foi preciso que estivessem atentos, em alerta, vigilantes, e sair na calada da noite, convictos de que tudo daria certo e a escravidão teria um fim. Foi preciso, portanto fé e coragem. Este texto também nos leva a refletir sobre os desertos da vida. Desertos que encontramos nos trabalhos da comunidade e da sociedade, que muitas vezes nos desanimam. Se não tivermos diante de nós a certeza de um Deus libertador, que aponta caminhos, que dá oportunidades, que nos ajuda, esmorecemos e não seguimos adiante. No salmo rezamos esta certeza: Deus pousa o olhar sobre os que o temem. Temer a Deus é confiar que ele não desampara quem nele confia. A espera no amor de Deus é, porém, uma espera atenta, não passiva.
- “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera”. Quem tem fé já possui o que busca. A fé nos coloca diante daquilo que almejamos. Quem tem fé em Deus já o tem em sua vida. Abraão acreditou na promessa de Deus e deixou a sua estabilidade, lançando-se ao desconhecido em busca da terra prometida. Quando acreditamos em Deus, o impossível se torna possível. Abraão, o pai da fé, mostrou que Deus é maior do que tudo na sua vida, até mesmo que o seu bem terreno mais precioso, que era seu filho.
- Jesus nos transmite fé e segurança com estas palavras de encorajamento: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino”. Quando nos desapegamos das nossas supostas seguranças, estamos livres para servir, e assim estaremos fazendo bolsas que não se estragam e ajuntando tesouros no céu. Mas é sempre importante estarmos vigilantes! A vigilância é que nos possibilitará perceber a presença de Deus entre nós e as brechas que ele nos abre para encontrarmos o caminho em meio às dificuldades. É preciso estar comas lâmpadas acesas e os rins cingidos, sempre em prontidão, pois o dono da casa não sabe a hora em que o ladrão irá chegar. Temos que nos sentir responsáveis na missão, administradores fiéis e prudentes das coisas que Deus nos confiou. Os que agem com responsabilidade e fidelidade receberão sua recompensa.
PRECES DA COMUNIDADE
Presidente: Com confiança e gratidão, elevemos a Deus nossas súplicas, rezando: Senhor, fortalecei nossa vigilância.
1- Para que toda a Igreja, em unidade com o Papa Francisco e todos os ministros ordenados, permaneça vigilante e empenhada na busca da libertação, da vida e dignidade de todos os vossos filhos e filhas, rezemos.
2- Sustentai os ministros ordenados, que vós escolhestes, na missão de testemunhos da vossa Palavra e servidores do vosso povo, rezemos.
3- Concedei que as celebrações e festas comunitárias contribuam para promover o encontro fraterno entre as pessoas e torná-las cada vez mais solidárias, rezemos.
4- Aumentai nossa fé, esperança e caridade, para que nos conservemos fiéis ao vosso Reino em meio às dificuldades e desafios da caminhada, rezemos.
5- Oração pelas vocações.
OFERTÓRIO
Animador. No altar do Senhor, junto ao pão e ao vinho, oferecemos a vida e a missão dos ministros ordenados de proporcionarem a unidade do rebanho com seu Pastor, cantando.
COMUNHÃO
Animador: Vamos receber o Pão da Eucaristia para sustentar o amor-doação e a espiritualidade que não podem faltar na vida dos batizados. Participemos da mesa do Senhor, cantando.